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Materiais Avançados

Equipamento mede e corrige as imperfeições de qualquer sistema óptico

Redação do Site Inovação Tecnológica - 11/07/2007

Equipamento mede e corrige as imperfeições de qualquer sistema óptico

Uma equipe de cientistas espanhóis desenvolveu um novo equipamento que não apenas mede, mas também corrige, as imperfeições de qualquer sistema óptico, permitindo a obtenção de imagens mais claras e mais nítidas. As aplicações do novo dispositivo vão desde a criação de óculos inteligentes, capazes de se adaptar prontamente a cada usuário, até a construção de melhores microscópios, telescópios e câmeras.

Óculos inteligentes

O aparelho, construído a partir de um tipo especial de cristal líquido, permitirá que os oftalmologistas realizem melhores exames de fundo de olho e diagnostiquem com mais segurança diversas doenças que afetam a retina.

As imagens que vemos são formadas quando a luz reflete nos objetos ao nosso redor, penetrando a seguir em nossos olhos, até atingir a retina. Ocorre que, ao longo desse trajeto, a luz passa através de diferentes meios - a atmosfera, a córnea, o cristalino, os humores aquoso e vítreo - que não são nem homogêneos e nem perfeitos. Isso faz com que a imagem que enxergamos tenha imperfeições.

A situação é mais grave para quem usa óculos. Além da própria lente ser mais um meio causador de distorção na luz que chegará até nossos olhos, o grau nem sempre é exato e, mesmo que o exame tenha sido muito bem feito, com o tempo o olho se modifica - provocando o aumento ou a diminuição da miopia, por exemplo.

Manipulando a luz

O novo equipamento permite que essas aberrações ópticas - os defeitos causados na imagem final - sejam automaticamente detectados e corrigidos. Uma de suas grandes vantagens deverá ser o baixo custo de produção, já que ele é inteiramente baseado em um tipo de LCD disponível comercialmente, chamado TNLCD ("Twisted Nematic Liquid Crystal").

Sob condições adequadas de polarização, as telas de cristal líquido conseguem manipular a luz, permitindo a modulação da amplitude do seu campo eletromagnético. Isto pode ser feito pela aplicação de uma pequena tensão elétrica a cada um dos pixels da tela.

Esse comportamento do cristal líquido é responsável por outro aspecto inovador do equipamento: a integração da medição e da correção das aberrações ópticas em um único dispositivo. Desta forma, o aparelho não apenas consegue determinar o grau de imperfeição da imagem, como também aplica a tensão exata necessária para corrigí-la.

A nova tecnologia está em processo de licenciamento pelas Universidades Jaume I e Santiago de Compostela.

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