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Nanotecnologia

Quais os riscos da Nanotecnologia para o Meio Ambiente?

Redação do Site Inovação Tecnológica - 22/03/2005

Quais os riscos da Nanotecnologia para o Meio-Ambiente

Efeitos dos nanomateriais

A Nanotecnologia já deixou para trás as promessas e está ajudando a colocar no mercado produtos inovadores e facilitando os métodos de fabricação de outros tantos.

Mas até o momento ninguém está totalmente tranqüilo quanto aos efeitos dos nanomateriais sobre o meio ambiente e sobre a saúde humana.

Agora um grupo de cientistas das Universidades Rice e Georgia, Estados Unidos, uniram-se para investigar o impacto ambiental potencial da Nanotecnologia, focando principalmente nos rejeitos e na destinação final dos nanomateriais.

Especificamente, eles querem saber se podem prever o destino e a forma como se dá o transporte de rejeitos de nanomateriais em ecossistemas, e se o nanomateriais se comportam da mesma forma que os poluentes ambientais mais comuns.

Além disso, eles querem determinar se os nanomateriais podem ser tratados antes de entrar no meio ambiente para minimizar seu impacto.

Fulereno

Pesquisas anteriores forneceram informações sobre como estruturas como os fulerenos se juntam na água para formar partículas grandes. Este é o primeiro estudo a mostrar quais fatores afetam o tamanho desses agregados de partículas.

Os pesquisadores escolheram o fulereno, uma molécula composta de 60 átomos de carbono, como seu modelo de nanomaterial. Essa molécula tem uma ampla faixa de aplicações possíveis, incluindo seu uso em fármacos, lubrificantes, semicondutores e na conversão de energia. A produção dos fulerenos em larga escala poderá ser uma realidade dentro de dois anos.

Embora muito já se saiba acerca dos fulerenos propriamente ditos, pouco se sabe sobre seu destino quando liberado no meio ambiente, já que esse material ainda não é produzido em escala industrial.

"Esta pesquisa está dando informações para a criação de práticas sustentáveis quando a produção dos fulerenos começar," afirmou John Fortner, um dos participantes do trabalho. "Nosso objetivo é minimizar o impacto ambiental, em contraste com a poluição causada no passado, por exemplo, pelas práticas da indústria de lavagem a seco."

Descarte das nanopartículas

Nos Estados Unidos, por exemplo, as normas para descarte dos fulerenos são as mesmas aplicadas ao carvão mineral comum, justamente pelo desconhecimento de seus efeitos. Embora o carvão seja muito parecido com o grafite (também carbono puro), ele é muito diferente do C60.

Embora seja hidrofóbico, portanto insolúvel, o fulereno é afetado pela água do ambiente no qual ele é deixado, formando partículas grandes em relação ao tamanho da molécula. O tamanho dessas partículas será inversamente proporcional ao PH da água. PHs elevados resultam em partículas pequenas, enquanto PHs baixos produzem grandes partículas. Mas o tamanho dessas partículas também é influenciado pela concentração das moléculas na água.

Muito há que ser feito ainda para que os cientistas possam entender integralmente os efeitos do descarte dos fulerenos na natureza e conseguir extrapolar os resultados para outras nanopartículas. Mas a pesquisa mostra que considerá-lo com as mesmas características que o carvão apenas porque ambos são moléculas de carbono, pode não ser a melhor opção para o meio ambiente.

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