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O aglomerado estelar que foi descoberto três vezes

Com informações do ESO - 09/01/2015

O aglomerado estelar que foi descoberto três vezes
Esta imagem espetacular mostra o aglomerado estelar Messier 47.
[Imagem: ESO]

Aglomerado estelar perdido

Esta imagem obtida pelo telescópio do ESO no Chile mostra que o aglomerado estelar Messier 47 é dominado por estrelas azuis e brilhantes, mas contém também algumas estrelas gigantes vermelhas contrastantes.

O aglomerado estelar Messier 47 situa-se a aproximadamente 1.600 anos-luz de distância da Terra, na constelação da Popa (a ré do navio mitológico Argo).

Ele foi observado pela primeira vez por volta de 1664 pelo astrônomo italiano Giovanni Battista Hodierna e "redescoberto" mais tarde por Charles Messier que, aparentemente, não tinha conhecimento da observação feita anteriormente por Hodierna.

Mas Messier anotou as coordenadas de forma errada, o que fez com que o aglomerado fosse dado como desaparecido. Ele precisou assim ser novamente redescoberto, tendo sido atribuída a ele outra designação de catálogo - NGC 2422.

Embora seja brilhante e fácil de observar, o Messier 47 é um dos aglomerados abertos com menor população - são visíveis apenas cerca de 50 estrelas neste aglomerado, distribuídas em uma região com uma dimensão de 12 anos-luz, muito pouco em comparação com objetos similares, que podem conter milhares de estrelas.

Cores das estrelas

As cores azuis-esbranquiçadas brilhantes destas estrelas são indicativas da sua temperatura, com estrelas mais quentes apresentando a cor azul e as mais frias a vermelha. Esta relação entre cor, brilho e temperatura pode ser visualizada através da curva de Planck.

No entanto, um estudo mais detalhado das cores das estrelas usando espectroscopia dá muita informação aos astrônomos - incluindo a sua velocidade de rotação e composição química.

As estrelas vermelhas brilhantes vistas na imagem são gigantes vermelhas que se encontram numa fase mais avançada das suas curtas vidas do que as estrelas azuis menos massivas.

O tempo de vida de uma estrela depende essencialmente da sua massa. As estrelas massivas, contendo muitas vezes a massa do Sol, têm vidas curtas, medidas em milhões de anos. Por outro lado, as estrelas muito menos massivas podem continuar a brilhar durante muitos bilhões de anos.

Em um aglomerado, as estrelas têm todas cerca da mesma idade e possuem a mesma composição química inicial. Por isso, as estrelas massivas brilhantes evoluem mais depressa, tornam-se gigantes vermelhas e terminam as suas vidas, deixando as menos massivas e mais frias vivendo ainda por muitos e longos anos.

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