Logotipo do Site Inovação Tecnológica





Energia

Bateria de CO2 vai guardar energia solar para ser usada à noite

Redação do Site Inovação Tecnológica - 01/12/2021

Bateria de CO2 vai guardar energia solar para ser usada à noite
O projeto pretende ser uma alternativa para as grandes fazendas solares, que atualmente estão usando baterias de lítio.
[Imagem: Energy Dome/Divulgação]

Armazenamento de energias renováveis

Uma empresa emergente italiana, a Energy Dome, anunciou ter conseguido o financiamento necessário para construir a primeira unidade de sua bateria de longa duração que armazena energia usando dióxido de carbono (CO2).

O principal argumento da empresa é reduzir pela metade os custos de armazenamento das energias renováveis em comparação com a opção mais usada hoje, de armazenamento da eletricidade em baterias de lítio.

A bateria de CO2 pode ser carregada durante o dia, quando há geração solar ou eólica excedente, e liberada durante os picos de demanda da noite e da manhã seguinte.

Usando componentes de baixo custo e disponíveis comercialmente, a bateria guarda energia em um processo termodinâmico fechado que atinge uma eficiência entre 75% e 80%, segundo a empresa.

E, ao contrário das baterias de íons de lítio que sofrem degradação significativa de desempenho durante sua vida útil, estimada entre 7 e 10 anos, a bateria de CO2 mantém seu desempenho durante sua vida operacional, estimada em 25 anos.

Se essa durabilidade se confirmar, o custo de armazenamento de energia será cerca da metade do custo de armazenamento com baterias de íons lítio de capacidade equivalente.

Bateria de CO2 vai guardar energia solar para ser usada à noite
A bateria de CO2 é modular, podendo ser construída em diversas capacidades.
[Imagem: Energy Dome/Divulgação]

Bateria de CO2

A bateria funciona guardando o gás carbônico em um circuito fechado, onde ele muda de gás para líquido, para armazenar a energia, e de volta do líquido para o gás, para liberar a energia.

O "domo", ou cúpula, que dá nome à empresa, é um reservatório inflável preenchido com CO2 em sua forma gasosa. Para carregar, o sistema retira energia elétrica da rede para alimentar um motor. O motor aciona um compressor que retira CO2 da cúpula e o comprime. Sob pressão, o CO2 é liquefeito e armazenado em recipientes na forma líquida, à temperatura ambiente.

O funcionamento do motor, do compressor e a própria liquefação também geram calor, que é armazenado em um dispositivo de armazenamento termal, completando o ciclo de carregamento.

Para liberar a energia, o ciclo é revertido, fazendo o CO2 líquido evaporar e recuperando o calor do sistema de armazenamento de energia térmica. O CO2 quente é então expandido em uma turbina, que aciona um gerador elétrico. A eletricidade é devolvida à rede e o CO2 infla novamente a cúpula sem emissões para a atmosfera, pronto para o próximo ciclo de carga.

Os componentes do sistema são modulares, permitindo até 200 MWh de capacidade de armazenamento por cúpula, e permitindo que a empresa vise uma ampla gama de clientes, das concessionárias e operadoras de rede, até produtores de energia independentes e operações industriais remotas, como na mineração.

A primeira unidade de demonstração será construída na região da Sardenha e deverá ficar pronta já no primeiro trimestre de 2022, segundo a empresa.

Seguir Site Inovação Tecnológica no Google Notícias





Outras notícias sobre:
  • Baterias
  • Fontes Alternativas de Energia
  • Células a Combustível
  • Energia Solar

Mais tópicos