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Mecânica

Controle automatizado do trânsito começa a ser testado na Alemanha

Moisés de Freitas - 14/05/2008

Controle automatizado do trânsito começa a ser testado na Alemanha
Foto da tela de acompanhamento do sistema Orinoko de controle de tráfego.
[Imagem: Orinoko Project]

Quem não mora em São Paulo, e consegue chegar em casa a tempo de ver os noticiários da noite na TV, está certamente acompanhando aqueles que moram em São Paulo, parados em intermináveis congestionamentos, sem conseguir chegar em casa.

Fluxo do Orinoco

A cidade de Nurembergue, na Alemanha, também tem problemas de tráfego. Felizmente, a partir desse mês, eles têm também os resultados do Projeto Orinoko, uma pesquisa que juntou especialistas de várias áreas para construir um sistema informatizado que promete transformar as avenidas paradas da cidade em um fluxo constante de veículos.

Orinoko é um acrônimo, claramente forçado para se encaixar no nome da famosa música da cantora Enya, para Operative Regionale Integrierte und Optimierte Korridorsteuerung - algo como controle operacional de corredores regionais integrado e otimizado.

Controle automatizado do trânsito

Depois de três anos de pesquisas, consumindo um orçamento de €$3 milhões, os engenheiros construíram um sistema informatizado que consegue processar as imagens geradas por câmeras de vídeo instaladas nas ruas e avenidas, mensurar o volume de tráfego, calcular o tamanho das filas de carros e acionar automaticamente os semáforos de forma a permitir que o tráfego flua da maneira mais rápida possível.

Processamento das imagens em tempo real

O sistema Orinoko funciona a partir de uma gigantesca base de dados, com todas as informações das ruas e avenidas, incluindo seus mapas digitalizados. Essa base de dados é alimentada constantemente por dados gerados em tempo real, informando tempos de viagem em cada trecho, volume de veículos e tamanho das filas de carros.

A maior inovação é que essas informações não precisam ser digitadas e não dependem de observadores em campo: elas são geradas automaticamente por um sistema que obtém as estatísticas a partir do processamento das imagens digitais geradas por câmeras estrategicamente colocadas ao longo das vias.

Em vez de enviar todas as imagens para uma central de processamento, cada uma das câmeras tem seu próprio processador, que calcula informações como número de veículos, velocidade e tamanho do congestionamento. Essas informações são então enviadas para a central, juntamente com as próprias imagens.

Controle dos semáforos em tempo real

Com os dados alimentando continuamente a base de dados, o sistema central consegue alterar em tempo real o funcionamento de todos os semáforos, sincronizando-os automaticamente para que as áreas com maior congestionamento fluam mais rapidamente, sem criar novos congestionamentos nas vias associadas.

"Essa combinação de avançadas tecnologias de computação e de programas de processamento de imagens que desenvolvemos disponibiliza dados de qualidade comparável à dos tradicionais induction loops, mas é muito mais barata e mais flexível de usar," diz o engenheiro Ulf Jung, do Instituto Fraunhofer, um dos participantes do projeto.

A unidade-piloto que está sendo testada em Nurembergue é capaz de processar os dados de cinco avenidas do centro da cidade. Com a comprovação dos ganhos advindos do novo sistema, a cidade planeja ampliá-la para toda a área central.

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