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Robótica

Gotas robóticas querem virar líquido pensante

Redação do Site Inovação Tecnológica - 27/12/2012

Gotas robóticas querem virar líquido pensante
O fruto mais importante da pesquisa não são exatamente os robôs, mas o próprio comportamento de enxame.
[Imagem: Correl Lab/UColorado-Boulder]

Líquido que pensa

Enquanto um robô consegue desempenhar uma única tarefa de cada vez, centenas ou milhares deles poderão fazer tudo mais rapidamente.

Mas o que deixado os pesquisadores realmente interessados nos chamados enxames robóticos é a possibilidade de executar tarefas mais complexas, que não podem ser feitas por um ou por poucos robôs.

Nick Farrow e Nikolaus Correll, da Universidade do Colorado, nos Estados Unidos, estão particularmente entusiasmados com os "ganhos de inteligência" obtidos com seus robôs em formato de esfera.

Do tamanho de bolas de pingue-pongue, eles foram batizados de "gotas".

"Quanto as gotas trabalham como um enxame, elas se transformam em um 'líquido que pensa'," entusiasma-se Correll.

Robótica de enxame

Os primeiros comportamentos obtidos pelo "líquido pensante" compreendem reconhecimento de padrões, movimento baseado em sensores e mudança de forma do enxame.

O segredo para o desenvolvimento acelerado do comportamento robótico está na criação de uma plataforma simples e barata, que permite que muitos robôs sejam construídos para formar enxames cada vez maiores.

Como o processamento que cada robô individualmente deve fazer é muito pequeno, eles podem ser simples e baratos, ainda que o comportamento resultante seja complexo e trabalhe com eventos significativos, como a montagem de um avião ou a limpeza de um vazamento de óleo.

Gotas robóticas querem virar líquido pensante
Uma plataforma simples e barata permite que muitos robôs sejam construídos para formar enxames cada vez maiores e mais complexos.
[Imagem: Correl Lab/UColorado-Boulder]

Inteligência distribuída

O fruto mais importante da pesquisa, contudo, não são exatamente os robôs, mas o próprio comportamento de enxame.

Esse fruto é colhido na forma dos programas de controle dos robôs, que aprendem a se relacionar e trocar dados de forma cada vez mais eficiente.

Isto permite desenvolver comportamentos em laboratório que depois serão transferidos para outros robôs, mesmo com formatos e funções diferentes, ou para enxames muito maiores.

É o caso, por exemplo, de uma simulação na qual as gotas trabalham como se estivessem montando um avião ou um telescópio no espaço.

As pequenas bolas piscantes - elas trocam dados entre si e com o computador central por meio de luzes - jamais conseguiriam empreender tal tarefa, já que não possuem nem mesmo manipuladores para pegar peças.

Mas o programa de controle poderá ser repassado para enxames robóticos que estejam preparados para tarefa, seja montar uma avião, construir casas em Marte ou monitorar os oceanos.

Correl afirma que virtualmente não há limites para o que pode ser feito usando esses sistemas de inteligência distribuída.

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