Redação do Site Inovação Tecnológica - 18/03/2008
Em dezembro do ano passado, a IBM apresentou um modulador eletro-óptico que colocou a comunicação por luz no interior dos chips mais próxima da realidade (veja Troca de informações por luz permitirá supercomputadores em um único chip).
Comunicação óptica on-chip
Agora, em um mais avanço na mesma linha de pesquisas, a empresa anunciou ter construído mais um componente essencial para permitir a construção de interconexões ópticas no interior de um chip. Trata-se do elemento que vem logo depois do modulador anunciado no ano passado.
As interconexões ópticas são uma das áreas "quentes" da pesquisa em eletrônica porque elas deverão permitir a construção dos chips multicore - microprocessadores com múltiplos núcleos, a atual tendência da indústria - capazes de levar ao limite as possibilidades de processamento paralelo dessa tecnologia.
Chave óptica de banda larga
Depois que os sinais elétricos são convertidos em pulsos de luz - o trabalho do modulador noticiado em dezembro último - é necessário direcionar o tráfego desses pulsos de luz dentro da rede de interconexões, garantindo que as mensagens ópticas de um núcleo do processador possam chegar com eficiência aos demais núcleos. Foi esta chave óptica de banda larga que a empresa apresentou ontem.
A chave já nasce com a vantagem da enorme miniaturização, cada uma medindo 0,5 micrômetro de lado - 2.000 delas colocadas juntas ocupam uma área de um milímetro quadrado. Meio micrômetro equivale a 500 nanômetros, o que coloca a chave pouco acima do limite da dimensão que se classifica como nanotecnologia, que é de 100 nanômetros.
1 Tb/s
A segunda vantagem da chava óptica é sua capacidade de guiar uma quantidades enorme de dados graças à utilização de vários comprimentos de onda, ou cores de luz. Cada comprimento de onda pode transportar até 40 Gigabits por segundo, totalizando mais de um Terabit por segundo para cada chave.
Os primeiros testes mostraram que a chave óptica funciona normalmente no ambiente pouco amigável do interior de um chip, sujeito a grandes variações de temperatura.
"Este novo desenvolvimento é um acréscimo crítico na busca de se construir uma rede óptica on-chip," disse o cientista Yurii Vlasov em comunicado da empresa. "Em vista de todo o progresso que este campo tem visto nos últimos poucos anos, parece que nossa visão para redes ópticas on-chip está se tornando mais e mais realística."