Redação do Site Inovação Tecnológica - 23/06/2008
Ímãs microscópicos poderão um dia ser injetados no corpo dos pacientes prestes a se submeter a exames de ressonância magnética, em substituição aos contrastes químicos hoje utilizados.
Essa substituição deverá gerar imagens médicas muito mais precisas e detalhadas, em cores, destacando detalhes que hoje simplesmente não aparecem nos resultados dos exames.
Etiquetas inteligentes
Os micromagnetos também poderão funcionar como "etiquetas" inteligentes, marcando e identificando condições fisiológicas, tecidos e até células individuais, criando formas de diagnóstico que ainda não existem.
Ao contrário das soluções químicas hoje utilizadas como agentes de contraste em exames de ressonância magnética, os microímãs possuem uma propriedade que permite que eles sejam configurados com precisão: o seu formato.
Ressonância magnética em cores
Cada formato de microímã gera um sinal com freqüência diferente. São os sinais de radiofreqüência "refletidos" pelo contraste que criam as imagens, depois que eles são convertidos em tonalidades para impressão. Hoje os exames de ressonância magnética são basicamente preto e brancos.
Os micromagnetos gerarão imagens vívidas e com um número virtualmente ilimitado de cores. Conjuntos de magnetos de diferentes formatos, projetados para gerarem cores diferentes, poderão ser recobertos com compostos biológicos que os farão ligar-se a diferentes tipos de células, diferenciando, por exemplo, células normais e células cancerosas.
Toxicidade
Os microímãs utilizados no estudo foram feitos de níquel pela facilidade de sua construção. Só que o níquel é tóxico. O que os cientistas agora vão fazer, antes de submeter a nova técnica a testes de avaliação clínica, é construir microímãs de ferro, um material que não é tóxico para o corpo humano.