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Materiais Avançados

Cientistas criam osso injetável para uso em fraturas e transplantes

Redação do Site Inovação Tecnológica - 08/12/2008

Cientistas criam osso injetável para uso em fraturas e transplantes

[Imagem: BBC]

Cientistas desenvolveram um material que pode ser injetado em ossos fraturados para ajudar em sua recuperação. A nova técnica também poderá substituir os dolorosos enxertos ósseos em muitos casos.

Com a textura de um creme dental, o novo material é um polímero que forma uma espécie de molde biodegradável ao redor do qual o tecido ósseo cresce e se recompõe. Os pesquisadores esperam que o material esteja aprovado para uso clínico em 18 meses.

Enrijecimento

Segundo os cientistas da Universidade de Nottingham, na Inglaterra, a vantagem da nova técnica em relação aos preenchimentos tradicionais está no processo de enrijecimento.

O preenchimento convencional esquenta enquanto endurece, destruindo as células próximas, o que impede o seu uso em algumas partes do corpo. Já o novo "osso injetável" começa a endurecer apenas quando entra em contato com a temperatura do corpo.

Sem incisão cirúrgica

O processo de inserção do material no local da fratura também é mais fácil, dispensando uma incisão cirúrgica. Os enxertos tradicionais utilizam pedaços de ossos retirados de outra parte do corpo para preencher as fraturas.

"Hoje em dia, além de sofrerem uma cirurgia, os pacientes ficam com uma parte do corpo relativamente danificada. Nosso método evitaria isso", explicou Kevin Shakesheff, coordenador da pesquisa, em entrevista à BBC.

"Acreditamos que podemos apenas inserir uma agulha, levá-la ao ponto certo e injetar o polímero, que então vai preencher a área fraturada e endurecer em poucos minutos. Como ele não esquenta, as células ósseas ao redor sobrevivem e conseguem recompor o tecido," concluiu ele.

Limitações e promessas

O cientista reconhece, no entanto, que o material tem limitações, como a maneira como ele adere ao osso. Uma fratura grave na perna, por exemplo, ainda necessitaria de pinos para evitar um colapso quando o paciente tentar andar.

Mas Shakesheff lembra que o fato de o polímero não esquentar possibilita que no futuro ele seja usado em outros tipos de processos reparatórios em várias partes do corpo, inclusive o coração.

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