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Espaço

Polo Norte de Marte é uma gigantesca espiral

Com informações da ESA - 10/02/2017

Polo Norte de Marte é uma gigantesca espiral
As espirais são formadas pelo mesmo fenômeno que gera os furacões na Terra.
[Imagem: ESA/DLR/FU Berlin]

Espirais boreais

Um novo mosaico construído a partir de dados da sonda Mars Express, da ESA, mostra novos detalhes das espirais escuras que cobrem a calota polar norte de Marte.

O mosaico foi gerado a partir de 32 "faixas" de órbita da sonda e cobre uma área de cerca de um milhão de quilômetros quadrados.

A capa de gelo é uma porção permanente, mas na estação de inverno - como é agora no início de 2017 - as temperaturas são baixas o suficiente para que cerca de 30% do dióxido de carbono presente na atmosfera do planeta se precipitem sobre a camada polar, formando um estrato adicional sazonal de até um metro de espessura.

Durante os meses de verão, a maior parte do gelo de dióxido de carbono transforma-se novamente em gás e escapa para a atmosfera, deixando para trás as camadas do que se acredita serem formadas por gelo de água.

Os astrônomos também acreditam que os ventos fortes tenham desempenhado um papel importante na formação da calota de gelo, soprando da elevação central da camada para as partes mais baixas, e sendo retorcida pela mesma força de Coriolis que faz com que os furacões espiralem na Terra.

Polo Norte de Marte é uma gigantesca espiral
Esquema mostrando as altitudes no polo norte marciano.
[Imagem: NASA/MGS/MOLA]

Camadas de gelo e canais

Uma característica particularmente proeminente no polo norte marciano é uma trincheira de 500 km de comprimento e 2 km de profundidade que corta a camada em duas quase de um lado ao outro. O desfiladeiro imerso, conhecido como Chasma Boreale, parece ser relativamente antigo, tendo se formado antes das espirais de gelo e poeira e, aparentemente, vem ficando mais profundo à medida que novos depósitos de gelo se foram em torno dele.

Estudos na subsuperfície, feitos por radares a bordo da Mars Express e da Mars Reconnaissance Orbiter, da NASA, revelaram que a calota de gelo é composta por muitas camadas individuais de gelo e poeira, estendendo-se a uma profundidade de cerca de 2 km. Isto apresenta um registro valioso para a natureza de como o clima do planeta mudou à medida que a sua inclinação e a sua órbita variaram ao longo de centenas de milhares de anos.

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