Com informações da New Scientist - 16/04/2019
Powehi
O primeiro buraco negro que já vimos diretamente já tem um apelido - o batismo, para tornar o nome oficial, pode demorar um pouco.
A primeira imagem do buraco negro supermassivo no centro da galáxia M87 foi revelada na semana passada pelo Telescópio Horizonte de Eventos (EHT), uma rede global de oito telescópios que transformou a Terra em um gigantesco radiotelescópio.
Ele foi apelidado de "Powehi" pelo professor de línguas havaiano Larry Kimura, depois de discutir o assunto com astrônomos do Havaí envolvidos no EHT.
Powehi significa "honrada criação escura e insondável" - uma variação poderia ser "honrada criação escura sem fim". O nome é originário do Kumulipo, um canto havaiano do século XVIII que descreve uma história da criação.
Batismo de corpos celestes
A nomeação oficial de objetos no Universo é gerenciada pela União Astronômica Internacional desde 1919.
E batizar objetos celestes ocasionalmente se torna uma fonte de controvérsia. Por exemplo, o planeta anão Haumea teve seu nome contestado por anos porque duas equipes alegaram tê-lo descoberto.
Os nomes dos corpos celestes diferem das "designações", que são semelhantes a um catálogo de números. Por exemplo, o objeto interestelar conhecido como Oumuamua, aquele asteroide pontudo que se acreditou ser até uma nave espacial alienígena, tem por designação 1I/2017 U1.
Os buracos negros não possuem convenções de nomenclatura, mas geralmente recebem a designação de sua galáxia seguida de um asterisco, que se pronuncia "estrela". No caso do buraco negro revelado pelo EHT, sua designação é M87*. Uma exceção é o buraco negro no centro da Via Láctea, que responde por Sagitário A*.