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Brasil diminui participação na Estação Espacial Internacional

Redação do Site Inovação Tecnológica - 03/07/2003

Brasil diminui participação na Estação Espacial Internacional

A Agência Espacial Brasileira (AEB) recebeu formalmente da NASA uma proposta de revisão do acordo de cooperação entre os Governos do Brasil e dos Estados Unidos que estabelece os termos da participação brasileira na Estação Espacial Internacional (ISS, na sigla em inglês), durante reuniões de gerenciamento do Programa ocorridas no Kennedy Space Center, Flórida, EUA.

Como resultado de entendimentos entre as equipes técnicas dos dois países que vêm ocorrendo desde setembro de 2002, nos termos dessa proposta, o Brasil se compromete a produzir equipamentos para suporte de vôo (FSE) e o Contêiner Despressurizado para Logística (ULC), projetado para transportar e fixar equipamentos sobressalentes no exterior da Estação Espacial Internacional.

Segundo o diretor de Política Espacial e Investimentos Estratégicos, Lauro Tadeu Guimarães Fortes, que participou das reuniões com a NASA juntamente com o coordenador do projeto no Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), Petrônio Noronha de Souza, nesse novo arranjo os direitos de utilização das facilidades da Estação Espacial Internacional pelo Brasil serão proporcionalmente diminuídos. O vôo do astronauta brasileiro, Major Marcos César Pontes, que também participou dos encontros, deverá ser mantido, devendo ocorrer até 2006.

Lauro Fortes reiterou à NASA a intenção do atual governo, já manifestada pelo Ministro Roberto Amaral, de manter a participação brasileira no desenvolvimento da Estação Espacial Internacional, desde que em níveis compatíveis com a realidade nacional. Informou, ainda, que, em face da atual conjuntura econômica do país, seria necessário programarem-se as entregas das contribuições do Brasil em prazos que permitam minimizar os dispêndios necessários nos próximos três anos.

Por sua vez, os representantes da NASA disseram que a agência americana tem grande interesse na continuidade da participação brasileira e espera que esta fase de renegociação possa concluir-se com sucesso o quanto antes.

Um levantamento inicial indica que as peças propostas como contribuição do Brasil possam custar cerca de US$ 70 milhões. O ULC tem estrutura semelhante ao Palete Expresso (equipamento incluído no primeiro acordo), mas requer eletrônica bem menos complexa, permitindo sua realização no país a custos mais reduzidos. Os equipamentos de suporte de vôo demandarão a fabricação a partir de projetos já disponíveis, tendo custo estimado em torno de US$ 5 milhões. Isto permite que as empresas participantes se qualifiquem para atender aos padrões de exigência da NASA quando do desenvolvimento do ULC.



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