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Materiais Avançados

USP solicita patente para produto alternativo ao amianto

Redação do Site Inovação Tecnológica - 13/05/2004


A USP está solicitando o patenteamento do produto final e dos processos de produção de uma telha alternativa em fibrocimento vegetal. A solicitação de patente mostra a consolidação de uma linha de pesquisa que vem sendo desenvolvida desde 1996 pelo Grupo de Construções Rurais e Ambiência, da Faculdade de Zootecnia e Engenharia de Alimentos da Universidade de São Paulo (USP).

A meta é a substituição do amianto, fibra mineral que apresenta riscos potenciais à saúde e é largamente usado na fabricação de telhas e caixas d´água. O amianto já foi banido em 42 países e poderá ser regulado também no Brasil. Sua proibição é objeto de 13 projetos de lei federais e estaduais.

Parte dos estudos que dão suporte ao patenteamento foram desenvolvidos através de projetos integrados ao Programa de Tecnologia de Habitação (Habitare), que busca contribuições para a habitação de interesse social e conta com recursos da Financiadora de Estudos e Projetos (FINEP) e da Caixa Econômica Federal.

Coordenada pelo professor Holmer Savastano Júnior, a linha de pesquisa em fibrocimento investiga o uso de diferentes fibras e resíduos agro-industriais (entre eles fibras de malva, banana, coco, sisal e eucalipto). As principais frentes de pesquisa envolvem a seleção das fibras e sua adequação ao cimento, a determinação das propriedades mecânicas, físicas, químicas e microestruturais do novo material, além de estudos de envelhecimento para avaliação da durabilidade.

As empresas MMF Indústria e Comércio de Máquinas Ltda, de Mauá, SP e MAB'S Comércio, Manutenção, Fabricação de Máquinas e Equipamentos, contribuíram com a construção de uma primeira versão de equipamento para moldagem das telhas. Em um estudo anterior, também financiado pelo Programa Habitare/Finep, era usada uma mesa vibratória para produção das telhas.

A telha que está sendo patenteada pode apresentar formato semelhante às produzidas em escala comercial, conhecidas como telhas romanas. Antes de chegar à solicitação do registro de patente, centenas de amostras foram produzidas em diferentes sistemas, com as telhas sendo submetidas a diversos ensaios para comprovação de sua eficiência. Entre eles, ensaios mecânicos (tração na flexão) e físicos (permeabilidade, densidade e absorção de água). Para os pesquisadores, os resultados são bastante positivos, avançando para uma alternativa com considerável potencial no Brasil, país tropical que possui grandes estoques da matéria-prima essencial ao novo produto - a fibra vegetal.

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