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Materiais Avançados

Cientistas criam alternativa à cromação para o revestimento de metais

Redação do Site Inovação Tecnológica - 29/09/2005

Cientistas criam alternativa à cromação para o revestimento de metais

O cromado é um dos grandes símbolos da tecnologia mais moderna. Ele está presente em rodas e maçanetas de automóveis, fechaduras de residências e numa infinidade de outras peças metálicas. Além de dar um efeito ultra-brilhante, ele também protege as peças contra corrosão.

Mas o elemento principal, responsável por esse efeito brilhante - o cromo - é um metal sempre associado com riscos à saúde. Alguns compostos de cromo causam câncer, principalmente em trabalhadores expostos a esses elementos durante o processo de fabricação das brilhantes peças metálicas.

Agora, a equipe do cientista britânico Robert Akid, anunciou que já possui uma alternativa para a cromação que, além de continuar protegendo adequadamente as peças metálicas contra corrosão, não possui os efeitos danosos do cromo.

O novo processo é baseado na tecnologia sol-gel, que emprega um colóide com nanopartículas em um solvente, formando um gel. O objeto metálico pode ser mergulhado na solução ou recebê-la na forma de spray. Em qualquer um dos casos, forma-se uma camada superficial sobre o metal, de textura gelatinosa. Quando o solvente se evapora, o revestimento cura, ou endurece.

Segundo o professor Akid, o método sol-gel pode ser aplicado a uma gama muito maior de metais do que a cromação tradicional: "Esses revestimentos híbridos orgânico-inorgânico têm o potencial para se tornar efetivamente um método altenativo para a produção de revestimentos funcionais ou anticorrosivos."

Mas o método ainda não está pronto para ser utilizado em escala comercial. A camada de revestimento criada pelo método sol-gel tem apenas algumas centenas de nanômetros de espessura, o que não é suficiente para dar a resistência necessária a peças de alumínio, zinco, aço inoxidável e magnésio, submetidos a forte stress mecânico.

Tentativas de deposição de camadas sucessivas ainda não deram os resultados esperados, diminuindo a resistência da camada de proteção. Mas os cientistas estão entusiasmados e acreditam que encontrar uma solução para essa restrição é uma questão de tempo. Principalmente pelas excelentes propriedades do novo revestimento, como resistência à corrosão e aderência às superfícies metálicas. Além de ser inteiramente não-tóxico.

A pesquisa foi apresentada durante a Conferência de Novas Aplicações das Modificações de Superfície, realizada na cidade de Chester, Inglaterra.

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