Sensor biológico implantável monitora níveis de glicose

Redação do Site Inovação Tecnológica - 17/12/2004

Sensor de glicose

Pesquisadores da Universidade de Illinois, Estados Unidos, apresentaram um novo sensor biológico implantável no corpo humano que poderá, quando totalmente desenvolvido, permitir que os portadores de diabetes monitorem seus níveis de glicose continuamente, sem a necessidade de tirar nem uma gota de sangue.

Michael Strano, coordenador do trabalho, explicou que o novo sensor é baseado totalmente em nanotubos de carbono de paredes simples: moléculas cilíndricas cujas paredes são formadas por uma única camada de átomos de carbono.

O sensor biológico explora a propriedade de fluorescência dos nanotubos, que os faz brilhar quando submetidos a certos comprimentos de onda de luz infravermelha - uma região do espectro ao qual os tecidos humanos e fluidos biológicos são particularmente transparentes.

Capa molecular

Para construir o sensor, Strano e seus colegas primeiro recobriram os nanotubos com uma "capa molecular": uma camada de uma molécula de espessura feita de compostos que reagem fortemente com um composto químico específico - a glicose, nesse caso.

O mix de compostos foi escolhido de tal forma que a reação com a glicose também altera a fluorescência dos nanotubos.

A seguir, os pesquisadores colocaram os nanotubos "encapados" em um finíssimo tubo de vidro, que pode ser implantado com segurança no corpo humano.

O tubo de vidro possui uma capilaridade tal que evita que os nanotubos toquem diretamente as células vivas do organismo, mas permite que a glicose entre.

Sensor implantado

O novo sensor de glicose foi testado diretamente no corpo humano (foto). Quando iluminaram a amostra com um laser infravermelho, os cientistas comprovaram que a potência do brilho do sensor implantado é diretamente relacionada com a concentração de glicose nos tecidos.

O novo biossensor terá que ser aprovado pelas autoridades de saúde antes que possa ser colocado no mercado.

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