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Nanotecnologia

Nanotecnologia para secar cabelos

Thiago Romero - Agência FAPESP - 27/09/2006

Nanotecnologia para secar cabelos

Um secador de cabelo com revestimento interno de nanopartículas de dióxido de titânio (TiO2) para o combate a microrganismos presentes no ar. Essa é a novidade desenvolvida pela empresa Nanox, em parceria com o Centro Multidisciplinar de Desenvolvimento de Materiais Cerâmicos (CMDMC), que funciona na Universidade Estadual Paulista (Unesp), em Araraquara, e na Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), ambas no interior de São Paulo.

"Inserimos uma película transparente com o material nanométrico nas duas extremidades do aparelho, de modo a controlar o fluxo de ar na entrada e na saída. O resultado foi que o jato saiu mais puro, uma vez que a película degradou os materiais orgânicos presentes no ar, eliminando fungos e bactérias", disse André Luiz de Araujo, pesquisador do CMDMC e diretor da Nanox, à Agência FAPESP. A empresa integra o Programa de Inovação Tecnológica em Pequenas Empresas (Pipe) da FAPESP.

Araujo explica que secadores de cabelo funcionam de modo semelhante a um aspirador de pó, especialmente em salões de beleza, retendo materiais que vão de partículas de poeira a restos de pele ou cabelos com caspa. "Os primeiros testes realizados no CMDMC comprovaram a eficácia do secador no combate a bactérias como Escherichia coli e Serratia marcescens", disse.

A bactéria Serratia marcescens, que produz um pigmento vermelho, é geralmente associada a infecções como a pneumonia, especialmente em pacientes hospitalizados. Já a Escherichia coli é uma das mais antigas bactérias parasitas do homem, sendo o intestino seu hábitat natural.

O secador está sendo fabricado pela empresa Taiff, que o lançou na Beauty Fair, feira do segmento de cosméticos na capital paulista. A empresa deve lançar outros produtos com nanopartículas de dióxido de titânio, como chapinhas de alisamento, escovas e modeladores de cabelo.

"Descobrimos que o mercado necessita de uma linha de produtos bactericidas que não valorize apenas a estética, mas também a saúde dos consumidores. Esse é um exemplo de tecnologia que surgiu na universidade e já está no mercado gerando benefícios diretos", disse Araújo.

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