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Materiais Avançados

Hematofóbicos: Novos materiais para implantes médicos

Redação do Site Inovação Tecnológica - 23/01/2017

Hematofóbicos: Novos materiais para implantes médicos
Da esquerda para a direita, gotas de sangue, plasma sanguíneo e água apoiadas sobre a superfície hematofóbica de titânio.
[Imagem: Kota Lab/Colorado State University]

Fóbico ao sangue

Engenheiros da Universidade do Estado do Colorado, nos EUA, desenvolveram uma superfície de titânio que é hematofóbica: ela repele o sangue, assim como algumas superfícies naturais, como folhas, repelem a água.

O objetivo é criar uma nova classe de materiais para a fabricação de implantes médicos, próteses, stents, catéteres e equipamentos de uso hospitalar que sejam mais eficientes e mais seguros para os pacientes.

Ao repelir o sangue, além de evitar a formação de coágulos, o material reduz o risco de rejeição do implante pelo organismo.

Sanli Movafaghi começou analisando as variações de várias superfícies de titânio, incluindo diferentes texturas e composições químicas. Comparando a intensidade da adesão e da ativação plaquetária em cada material, ela descobriu que nanotubos de titânio fluorados oferecem a melhor proteção contra a coagulação, evitando que o sangue grude no material.

Os nanotubos, crescidos quimicamente, alteram a superfície, funcionando como barreiras perfeitas entre o sangue e o metal.

Hematofóbicos: Novos materiais para implantes médicos
Vista ao microscópio, a superfície hematofóbica é formada por uma floresta de nanotubos.
[Imagem: Kota Lab/Colorado State University]

Hematofóbico

Um material "fóbico" (repelente) para o sangue pode parecer contra-intuitivo, já que os biomédicos geralmente estão em busca de materiais "fílicos" (com afinidade) ao sangue, o que os torna biologicamente compatíveis.

"O que estamos fazendo é exatamente o oposto," explica o professor Arun Kota. "Estamos fabricando um material com o qual o sangue odeia entrar em contato, a fim de torná-lo compatível com o sangue".

A inovação essencial é que a superfície é tão repelente que o sangue é enganado, acreditando que não há nenhum material estranho lá.

Tendo passado pelo teste das plaquetas, a equipe agora pretende avaliar o comportamento da superfície hematofóbica em relação a outros fatores coagulantes, antes de testá-la em equipamentos médicos reais.

Bibliografia:

Artigo: Hemocompatibility of Superhemophobic Titania Surfaces
Autores: Sanli Movafaghi, Victoria Leszczak, Wei Wang, Jonathan A. Sorkin, Lakshmi P. Dasi, Kutel C. Popat, Arun K. Kota
Revista: Advanced Healthcare Materials
DOI: 10.1002/adhm.201600717
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