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Robótica

Robô passa de submarino a drone em um segundo e pega carona no ar ou na água

Redação do Site Inovação Tecnológica - 23/05/2022

Robô passa de submarino a drone em um segundo - ou pega carona como uma rêmora
Ele navega como um submarino, como um barco, como um drone, ou pega carona usando sua ventosa (no alto ao centro).
[Imagem: Beihang University]

Robô que nada, voa e pega carona

Um novo robô é capaz de mudar de forma e função, passando de um drone subaquático para um veículo aéreo em menos de um segundo.

Além disso, o robô possui uma ventosa inspirada nos peixes rêmora, uma família de espécies conhecida por seus discos adesivos, que os ajudam a pegar uma carona em baleias e tubarões.

A ventosa do robô, que é controlada remotamente, pode grudar em superfícies molhadas e secas com diferentes texturas, mesmo em objetos em movimento no ar ou na água, e depois desgrudar sob comando.

"Minha ideia original era 'Vamos encontrar um ponto onde podemos vencer a natureza'. Não acho que existam animais que possam fazer [tudo] isso," disse Li Wen, da Universidade Beihang, na China, que desenvolveu o robô com a colaboração de colegas do Imperial College de Londres (Reino Unido) e do Laboratório Federal Suíço de Ciência e Tecnologia de Materiais (Empa).

Com 40 centímetros de comprimento e largura, o robô metamórfico foi projetado para auxiliar no monitoramento biológico e ambiental de ecossistemas marinhos, como o levantamento da poluição oceânica em mar aberto.

A transição ultrarrápida de veículo subaquático para drone é baseada em um novo projeto de hélice, que tornou essa transição entre os diferentes meios mais rápida do que a maioria dos robôs aéreo-aquáticos anteriores - de fato, ele representa um salto gigantesco em relação aos primeiros protótipos de robôs híbridos de avião e submarino.

A grande inovação, a replicação da ventosa de peixe rêmora, foi obtida usando uma impressora 3D para fabricar uma espécie de almofada segmentada que pode consegue criar uma sucção firme mesmo quando parte da almofada não está em contato com a superfície. A sucção é gerada alterando o volume de cada segmento por meio de atuadores hidráulicos.

 

Modo de economia de energia

Nos testes, o robô pegou carona em um submarino de pesquisa para obter imagens do fundo do mar. Ele também se prendeu com sucesso ao robô submersível já em movimento, pegou carona por um tempo e então se desprendeu e voltou a movimentar-se por conta própria.

Enquanto ficava conectado, o robô consumiu cerca de 5% da energia que usa em sua própria propulsão. Ele também pode pegar carona em objetos no ar, quando usa cerca de 2% da energia necessária para voar por conta própria.

Além disso, é claro, o robô pode romper a superfície da água, voar de forma estável no ar e ressubmergir muitas vezes com uma única carga de bateria.

A equipe espera agora finalmente contar com um robô que seja útil em suas expedições reais, permanecendo operacional por longos períodos, sem correr o risco de ficar no mar quando a carga de sua bateria chega ao fim.

Bibliografia:

Artigo: Aerial-aquatic robots capable of crossing the air-water boundary and hitchhiking on surfaces
Autores: Lei Li, Siqi Wang, Yiyuan Zhang, Shanyuan Song, Chuqian Wang, Shaochang Tan, Wei Zhao, Gang Wang, Wenguang Sun, Fuqiang Yang, Jiaqi Liu, Bohan Chen, Haoyuan Xu, Pham Nguyen, Mirko Kovac, Li Wen
Revista: Science Robotics
Vol.: 7, Issue 66
DOI: 10.1126/scirobotics.abm6695
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