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Robótica

Robôs escaladores sobem cada vez mais alto e mais rápido

Agostinho Rosa - 02/04/2008


Imitar a natureza é quase uma obsessão para a maior parte dos cientistas. E não é para menos: milhões de anos de evolução geraram soluções admiráveis. Muitas vezes, porém, as necessidades atuais não exigem soluções tão primorosas e a inspiração na própria capacidade do homem em se adaptar às suas incapacidades pode ser mais frutífera.

Robôs-lagartixa

O caso dos robôs capazes de subir pelas paredes é um exemplo interessante. Existem muitos animais capazes de subir pelas paredes, mas as lagartixas são especialmente interessantes pela sua agilidade e pela solução que natureza encontrou para sustentá-las.

As cerdas de suas patas têm uma eficiência incomparável e, muito importante no casos dos robôs, não sujam as paredes e não são muito exigentes com relação à textura dos locais por onde andam. Onde a sujeira não é problema, um robô-lesma ou uma lesma-robô podem funcionar bem.

Os progressos estão vindo, já tendo sido construídos robôs capazes de subir pelas paredes utilizando pés com adesivos e já se pensa em robôs-lagartixa para exploração espacial.

Robôs alpinistas

Já os pesquisadores da Universidade de Stanford resolveram adotar aquele segundo enfoque: se os humanos conseguem escalar paredes utilizando pontos de apoio ou apenas o atrito com a rocha, dotar os seus robôs de uma capacidade similar poderia ser um grande avanço.

O resultado está no primeiro dos dois robôs que podem ser vistos no vídeo produzido pela revista New Scientist.

Robô-preguiça

O primeiro é o Capuchin, um robô de 7 quilos e capaz de fazer até oito movimentos por minuto. Ele balança seu corpo para alcançar os próximos pontos de apoio, lembrando muito um bicho-preguiça. Sensores de forças nas pontas dos braços indicam exatamente qual perna ou braço o robô pode soltar a cada movimento.

Balançar o corpo pode parecer algo simples para um bichio-preguiça ou para um alpinista humano, mas o desenvolvimento dos algoritmos que permitem que o robô faça isso sem despencar da parede foi o maior desafio dos pesquisadores.

O programa calcula continuamente a distribuição de seu peso entre braços e pernas de forma a garantir sua estabilidade. O processamento exigido é tão grande que o robô ainda não é autônomo, sendo ligado por fios ao seu "cérebro".

Robô escalador

O segundo robô que aparece no vídeo é o Climber, construído pela equipe do Dr. Dennis Hong, o mesmo que criou o Strider, um robô de três pernas que os cientistas esperam um dia ver andando pela Lua ou por Marte.

O Climber está em um estágio bem mais avançado, operando autonomamente, embora ele não suba realmente pelas paredes, mas por superfícies rugosas com inclinação muito elevada.

Robôs espaciais

Robôs escaladores poderão ter grande utilidade para operações de limpeza nas fachadas de edifícios ou para operações de resgate. O objetivo mais próximo, contudo, parece ser aprontá-los para utilização espacial.

Na Lua ou em Marte, a gravidade muito menor permitirá que esses robôs incorporem todo o aparato eletrônico necessário para seu funcionamento, tornando-se autônonomos, e possam ainda levar uma carga útil, principalmente instrumentos científicos e câmeras.

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