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Eletrônica

Chipset inovador para internet das coisas é apresentado pela USP

Redação do Site Inovação Tecnológica - 11/04/2024

USP apresenta chipset inovador para internet das coisas
O chipset foi desenvolvido tendo em mente aplicações de internet das coisas, que exigem baixíssimo consumo de energia.
[Imagem: USP/Divulgação]

Chipsets e chiplets

Pesquisadores da USP (Universidade de São Paulo) apresentaram um chipset brasileiro inovador, baseado na filosofia de hardware aberto, projetado para viabilizar a conexão de objetos do dia a dia com o mundo digital.

Esses chips compartilham uma função comum e são fundamentais para o desempenho de dispositivos eletrônicos como os utilizados na internet das coisas.

"Um chipset é uma família de circuitos integrados (CIs) projetados para trabalhar em conjunto, executando funções específicas dentro de um sistema eletrônico," explicou o professor Marcelo Zuffo. "Um chiplet, por sua vez, é um conceito mais recente na microeletrônica, referindo-se a um conjunto modularizado de blocos de circuitos integrados que podem ser reutilizados e combinados com outros chiplets para formar um sistema eletrônico mais complexo."

De acordo com o pesquisador, essa abordagem modular permite uma flexibilidade, agilidade e redução de custos sem precedentes na criação de dispositivos eletrônicos, possibilitando a rápida adaptação a diferentes necessidades e aplicações.

O novo chipset é composto por dois elementos: um Circuito Integrado Gerenciador de Energia (Cige) e um microprocessador de 32 bits, este último fundamentado na arquitetura RISC-V, conhecida por ser uma arquitetura de processador de código aberto.

Este aspecto é especialmente interessante porque o projeto de código aberto (open-source) do RISC-V estimula uma colaboração global, permitindo que pesquisadores e desenvolvedores contribuam e aprimorem continuamente sua arquitetura, promovendo assim a inovação aberta, a adaptabilidade e a interoperabilidade.

USP apresenta chipset inovador para internet das coisas
Projeto Pulga, em desenvolvimento pela equipe.
[Imagem: USP/Divulgação]

Internet das coisas

Além de promover uma gestão de energia eficiente, o conjunto de circuitos integrados foi projetado de forma modular, permitindo que os chiplets sejam arranjados em estruturas eletrônicas mais complexas.

Isso não só facilita a integração em aplicações de IoT - que requerem inteligência artificial, segurança criptográfica e um consumo de energia muito baixo - mas também abre novas possibilidades para a personalização e inovação nos projetos eletrônicos em geral.

O chipset modular será integrado em dispositivos de internet das coisas altamente integrados, como é o caso da Plataforma Pulga do programa Caninos Loucos. A Pulga é uma plataforma de hardware extremamente miniaturizada, do tamanho de uma moeda de 25 centavos. O programa Caninos Loucos promove o desenvolvimento, a manufatura e a aplicação em larga escala de plataformas de hardware avançadas em internet das coisas, beneficiando-se da modularidade e adaptabilidade proporcionadas pelo conceito de chiplets.

De acordo com Zuffo, este chipset, agora reforçado pela flexibilidade e potencial colaborativo da arquitetura RISC-V de código aberto, vai ajudar a criar dispositivos IoT autônomos e inteligentes em uma ampla gama de campos, desde cidades inteligentes até saúde digital, agricultura de precisão e preservação ambiental.

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