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Deixar usinas nucleares brasileiras seguras custará R$ 300 milhões

Com informações da Agência Brasil - 03/04/2013


A Eletronuclear, empresa que administra as usinas nucleares brasileiras, em Angras dos Reis, anunciou um investimento de R$ 300 milhões até 2016 em um plano de ação para melhorar a segurança das usinas contra catástrofes naturais.

Segundo a empresa, a decisão é uma resposta ao acidente nuclear ocorrido na central de Fukushima Daiichi, no Japão, em 2011, em decorrência de uma catástrofe natural (terremoto seguido de tsunami).

"O plano visa a aplicar na central de Angra tudo aquilo que foi possível aprender, tudo que o acidente de Fukushima destacou para a indústria nuclear internacional," disse Paulo Carneiro, coordenador do comitê que elaborou o Plano de Resposta a Fukushima.

Ameaças naturais

O primeiro foco do plano consiste em avaliar a região onde estão situadas as usinas com relação às ameaças naturais, como terremotos, tsunamis, chuvas torrenciais, deslizamentos de encostas.

"As nossas usinas já estavam bem protegidas com relação a esses eventos. Mas, o que Fukushima trouxe de novo para a indústria nuclear foi: aumentem as margens de segurança". Isso se deve à imprevisibilidade dos fenômenos climatológicos, disse Paulo.

Os estudos preveem obras de reforço de contenção de encostas e fortalecimento estrutural da barreira de proteção das usinas contra os movimentos do mar. Como as usinas nucleares de Angra estão localizadas em uma região de baixa sismicidade, os desastres naturais que mais preocupam são as chuvas torrenciais e o deslizamento de encostas.

Equipamentos móveis

O segundo foco do plano consiste em avaliar a possibilidade de trabalhar com novos equipamentos que possam ser rapidamente conectados às usinas diante de uma eventual falha da linha de defesa contra catástrofes naturais.

O objetivo é suprir as condições de segurança com equipamentos móveis, adquiridos na indústria nacional, como geradores a diesel móveis, motobombas e compressores.

"São equipamentos que você possa lançar mão, que não estão fixos. Que você possa colocar em funcionamento, conectar rapidamente", destacou.

Os equipamentos estão todos em processo de compra e deverão estar na central nuclear até o final do ano.

Saída para a população

A terceira linha de defesa, de acordo com Paulo Carneiro, pretende propiciar condições melhores para o plano de emergência, caso todas as ações anteriores venham a falhar e ocorra um acidente na região.

"Se um acidente de [grandes] proporções não puder ser evitado, [vamos estudar] de que maneira você pode minimizar as consequências para o público e o meio ambiente", disse.

Diante do questionamento quanto à rota de evacuação por rodovia, por exemplo, a empresa decidiu construir quatro atracadouros no entorno da central, dos quais dois estão com projetos prontos para início de construção este ano e os restantes em 2014, visando a permitir a possibilidade de movimentação de pessoas e materiais via marítima.

O plano estabelece ainda, nessa terceira linha de investimentos, ações que limitem as consequências radiológicas de um acidente, de modo a conter e manter material radioativo confinado.

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