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NASA desativa sonda marciana InSight

Redação do Site Inovação Tecnológica - 22/12/2022

Sonda marciana <i>InSight</i> fica sem energia e é desativada
A poeira marciana cobriu os painéis solares da sonda, que não conseguem mais recarregar as baterias.
[Imagem: NASA]

Sismologia em Marte

A sonda estacionária InSight, da NASA, que operava em Marte desde o final de 2018, chegou ao fim de sua vida útil.

Os painéis solares da sonda acumularam tanta poeira que não conseguem mais gerar a energia necessária sequer para que a sonda se comunique com a Terra.

O nome da sonda é uma sigla em inglês para "Exploração Interior usando Investigações Sísmicas, Geodesia e Transporte de Calor". Foi a primeira missão dedicada a explorar o interior profundo de Marte, incluindo um sismógrafo, o primeiro dispositivo desse tipo enviado para medir terremotos no solo de outro planeta.

E ela detectou exatos 1.319 terremotos - alguns preferem "martemotos" - incluindo terremotos causados por impactos de meteoroides, o maior dos quais desenterrou pedaços de gelo no final do ano passado.

Esses impactos estão ajudando os cientistas - muitos dados ainda estão sendo analisados - a determinar a idade da superfície do planeta, além de representarem uma nova maneira de estudar a crosta, o manto e o núcleo de Marte.

"Com a InSight, a sismologia foi o foco de uma missão além da Terra pela primeira vez desde as missões Apolo, quando os astronautas levaram sismômetros para a Lua," disse Philippe Lognonné, do Instituto de Física Global de Paris, principal pesquisador do sismômetro da sonda. "Iniciamos novos caminhos e nossa equipe científica pode se orgulhar de tudo o que aprendemos ao longo do caminho."

O sismômetro foi o último instrumento científico que permaneceu ligado conforme a poeira acumulada nos painéis solares da sonda reduzia gradualmente sua energia.

Sonda marciana InSight fica sem energia e é desativada
Depois de entrar totalmente no solo, empurrada pelo braço robótico, a Toupeira foi simplesmente "ejetada" de volta.
[Imagem: NASA/JPL]

Toupeira

Todas as missões espaciais enfrentam desafios, e a InSight não foi diferente. Seu principal instrumento era uma perfuratriz, batizada de "toupeira", que pretendia cavar 5 metros de profundidade, arrastando uma corda carregada de sensores que mediria o calor dentro do planeta, permitindo calcular quanta energia geotérmica restou da formação de Marte.

Projetada para o solo arenoso e solto observado em missões anteriores, a toupeira não conseguiu ganhar tração no solo inesperadamente irregular ao redor do local de pouso da InSight.

O instrumento, fornecido pelo Centro Aeroespacial Alemão (DLR), não conseguiu ir além dos 40 centímetros de profundidade, sendo literalmente ejetado de volta pelo próprio solo marciano.

Entre os principais sucessos científicos da missão estão a demonstração de que o núcleo de Marte é gigantesco e quase todo líquido e que, ao menos no local de pouso examinado, não foi encontrada a tão esperada água subterrânea de Marte.

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