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Meio ambiente

Você sabe o que é uma nuvem? Os cientistas não...

Redação do Site Inovação Tecnológica - 13/12/2005

Você sabe o que é uma nuvem Os cientistas não...

As nuvens sempre apaixonaram o homem, seja aquele com interesse científico, sejamos todos nós, que costumeiramente nos deliciamos em admirar aqueles delicados chumaços de algodão flutuante, sempre prontos a mudar de forma.

Os cientistas já aprenderam muito sobre as nuvens, principalmente com o advento dos satélites artificiais, durante as décadas de 1960 e 1970.

Mas, apesar desses anos de pesquisas e do surgimento de ferramentas tecnologicamente cada vez mais sofisticadas, os cientistas continuam sem solução para uma das questões mais básicas, uma definição de nuvem. Pergunte a um cientista que é exatamente uma nuvem e ele não terá uma resposta "realmente científica".

"O problema é que o que definimos como nuvem depende do tipo de instrumento que nós estamos utilizando para dar essa definição," explica Steven Ackerman, da Universidade Wisconsin-Madison, Estados Unidos, que levou a discussão para a União Geofísica Norte-americana.

Definir e medir as nuvens com precisão é uma questão crítica, segundo o pesquisador, porque seus padrões e formações desempenham um papel importante nas previsões do tempo. As nuvens são uma parte crucial nos ciclos hidrológico e energético da Terra, ambos regulando a precipitação atmosférica e determinando quanta energia solar atinge a Terra.

Mas uma série de questões torna a medição da cobertura planetária de nuvens uma questão confusa. Os satélites artificiais, por exemplo, fazem diferentes tipos de observações das nuvens a partir do espaço. Em uma abordagem - conhecida como sensoriamento ativo - os satélites detectam a presença das nuvens direcionando energia em vários comprimentos de onda para sucessivas seções da atmosfera.

O problema, segundo Ackerman, é que, variando-se o limite de energia em apenas 3 a 4 por cento, pode-se alterar as medições de forma significativa. Diferentes satélites também introduzem variações, com leituras diferindo de 5 a 10 por cento entre instrumentos. "É como dar notas," diz o cientista. "Se você atinge 90 ou mais, você ganha A; mas o que dizer de alguém que atingiu 89,8 e só ganhou B? Isto é válido? Bem, esse é o nosso problema quando medimos as nuvens."

Levando a discussão para um fórum mais amplo, Ackerman diz esperar que a contribuição de toda a comunidade científica possa resolver de uma vez por todas essa questão.

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