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Informática

Feixes de luz serão utilizados para transmitir dados sigilosos

Redação do Site Inovação Tecnológica - 20/02/2004

Criptografia utiliza feixes de luz
Os fótons, as unidades básicas da luz, podem não apenas girar, mas também se entrelaçar. Esse movimento de entrelaçamento é que é conhecido como momento angular orbital.
[Imagem: Department of Physics/Strathclyde]

Momento angular orbital

Um avanço significativo na óptica quântica, feito por uma equipe de pesquisadores das Universidades Glasgow e Strathclyde (Escócia), abre novas possibilidade para a criptografia, a técnica de embaralhar dados para que estes não possam ser vistos por pessoas não autorizadas.

A nova técnica poderá permitir mais segurança na criptografia, assim como possibilitar novas técnicas de comunicações secretas.

Os cientistas utilizaram uma estranha propriedade da luz, chamada de "momento angular orbital". Os fótons, as unidades básicas da luz, podem não apenas girar, mas também se torcer.

Esse movimento, que deixa as ondas de luz com o formato parecido com uma molécula de DNA, é que é conhecido como momento angular orbital.

Entrelaçamento dos fótons

Para utilizar essa nova propriedade, os cientistas forçam o entrelaçamento dos fótons, em uma técnica parecida com a modulação de ondas de rádio.

Feixes de luz que contenham os fótons entrelaçados podem ser enviados a receptores que se encarregam de decodificar as mensagens que ele contém.

A decodificação consiste no "desentrelaçamento" dos fótons, a fim de recuperar os dados originais.

Outra grande vantagem da nova técnica é que ela permite identificar tentativas de se interceptar a mensagem. "Algumas vezes, pode ser muito importante saber se alguém está tentando ouvir suas comunicações, de forma que um método efetivo de detectar intervenção deverá ser importante para agências de segurança," explica o Dr. Steve Barnett, membro da equipe que fez a descoberta.

Sob demanda

A aplicação prática dessa nova teoria está sendo feita na Universidade de Glasgow, onde está sendo desenvolvida uma unidade de demonstração.

O Dr. Graham Gibson, responsável pelo equipamento, afirma: "Eu acredito que o desenvolvimento desse sistema será grandemente guiado pelo feedback que teremos de potenciais utilizadores, particularmente o setor de segurança. Nós precisamos identificar o que importa mais para eles e maximizar as capacidades da tecnologia nessas áreas chave."

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