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Materiais Avançados

Microesferas de vidro rastreiam explosivos

Redação do Site Inovação Tecnológica - 18/11/2003


Pesquisadores da Universidade Missouri-Rolla (Estados Unidos) criaram uma nova tecnologia para que todos os materiais explosivos produzidos tenham uma "assinatura", permitindo que as autoridades consigam rastrear o caminho que percorreram desde a sua fabricação. A pesquisa foi conduzida pelos cientistas Delbert Day, especialista em cerâmica e Paul Worsey, especialista em explosivos.

A nova técnica utiliza microesferas de vidro, medindo poucos micrômetros de diâmetro cada uma. A composição química das microesferas torna-se uma assinatura e pode fornecer o nome da empresa, a localização da fábrica e o dia em que foi fabricada. Isto é possível por meio do controle preciso da composição química das microesferas. Esta composição torna-se um verdadeiro código criptográfico, para o qual só o fabricante possui a chave.

Microesferas já são adicionadas a explosivos, de forma a aumentar sua potência. Com a diferença que as esferas já utilizadas são ocas e as novas esferas de assinatura são sólidas. Como mostraram ser um material seguro, não adicionando nenhum risco, como uma detonação acidental, por exemplo, os cientistas resolveram utilizar essas mesmas microesferas como uma espécie de código de barras dos explosivos, já que é impossível retirá-las do material.

"Nós queremos descobrir quem está utilizando explosivos ilegalmente, por meio de algum mecanismo de rastreamento," afirma o Dr. Day. "Se você sabe onde e quando os explosivos foram fabricados, você pode diminuir o número de suspeitos que poderiam tê-lo comprado."

Já existem esquemas de monitoramento de explosivos, baseados em microchips de plástico, mas eles são menos duráveis do que as microesferas de vidro. Além disso, o vidro é inorgânico, sendo por isto muito menos reativo. Sua maior vantagem, porém, vem de que é muito mais razoável que uma microesfera de vidro sobreviva à detonação do material, dado o seu alto ponto de fusão, do que um dispositivo plástico, seja ele qual for.

A composição química das microesferas de vidro também deve ser tal que permita sua fácil detecção no local da explosão, utilizando equipamentos padrão de sensoriamento.

A tecnologia poderá ainda ser utilizada para marcar outros tipos de materiais, como químicos com possibilidade de utilização na fabricação de drogas, minas, cartões de crédito, joalheria e até produtos eletrônicos.

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