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Nanotecnologia

Nanoesferas biodegradáveis deixam sangue limpo após tratamento químico e radiológico

Redação do Site Inovação Tecnológica - 07/11/2006


Cientistas do laboratório ANL ("Argonne National Laboratory"), Estados Unidos, desenvolveram uma nova técnica baseada em nanoesferas biodegradáveis que poderá servir tanto para eliminar toxinas do sangue quanto para levar medicamentos diretamente aos órgãos onde eles devem atuar.

Nanoesferas biodegradáveis deixam sangue limpo após tratamento químico e radiológico

Vários tratamentos médicos deixam toxinas no sangue, principalmente aqueles que envolvem terapias químicas e radiológicas. Os tratamentos de suporte existentes hoje ainda não apresentam os resultados esperados - os médicos gostariam de "limpar o sangue" do paciente, eliminando dele qualquer traço deixado pelo tratamento original.

É isso o que prometem as minúsculas esferas. "A chave para a tecnologia são nanoesferas biodegradáveis medindo entre 100 e 5.000 nanômetros de diâmetro," explica o cientista Michael Kaminski, "pequenas o suficiente para passar através dos minúsculos vasos sangüíneos, mas grandes o bastante para não serem filtradas da corrente sangüínea pelos rins."

Além dos tratamentos pós-terápicos, o Dr. Kaminski afirma que a tecnologia das nanoesferas poderá ser utilizada também para tratar overdoses de medicamentos e até doenças crônicas ou males agudos súbitos. Levar medicamentos diretamente aos órgãos que devem ser tratados é outra possibilidade natural da tecnologia.

Funcionamento

As nanopartículas são construídas a partir de composto magnético de ferro e são recobertas com um tipo de polietileno-glicol, que evita que os glóbulos brancos do sangue as ataquem. Em sua superfície, elas levam grudadas proteínas específicas, capazes de se ligar a diversos agentes tóxicos. Quando são injetadas na corrente sangüínea do paciente, as nanoesferas circulam pelas veias e artérias e vão recolhendo as toxinas, que ficam grudadas em suas proteínas.

"Assim que as nanoesferas tiverem feito seu trabalho, elas são removidas da corrente sangüínea por um pequeno desvio de dois canais, parecido com os tubos utilizados em transfusões, inserido em uma artéria do braço ou da perna," explica Axel J. Rosengart, outro membro da equipe.

O sangue que sai pelo desvio é submetido a uma filtragem por um separador magnético, onde fortes ímãs retêm as partículas atraindo o ferro presente em seu núcleo. O sangue limpo é então devolvido ao sistema circulatório do paciente.

A tecnologia utiliza apenas componentes já aprovados pelo órgão de saúde dos Estados Unidos (FDA), o que deverá facilitar a aprovação de seus testes em humanos.

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