Brasileiro ganha prêmio internacional para imagens de microscopia de força atômica

Fernanda Diniz - 10/09/2007

Luciano Paulino da Silva, pesquisador da Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia, conquistou o segundo lugar na primeira edição do Prêmio Internacional de Imagens de Microscopia de Força Atômica.

Glóbulos vermelhos

A imagem de autoria do pesquisador da Embrapa, que mostra a superfície das células vermelhas do sangue depois do tratamento com peptídeos antibióticos, foi a única imagem não européia premiada dentre as mais de 250 inscritas. O prêmio visa o reconhecimento da importância das imagens de microscopia para os avanços da nanotecnologia em todo o mundo.

Para Luciano, o prêmio representou "uma oportunidade ímpar de divulgar o nome da Embrapa no contexto de nanotecnologia em nível mundial".

Microscopia de força atômica

As imagens de microscopia de força atômica são ferramentas muito importantes para os estudos de nanociências e nanotecnologia. Essas ferramentas representaram uma verdadeira revolução nas metodologias científicas de centenas de laboratórios de pesquisa no mundo em muitos campos do conhecimento científico, como: física, química, biologia e engenharia, dentre outros.

A Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia vem investindo no desenvolvimento de pesquisas de nanotecnologia em seus laboratórios, especialmente para avaliar os efeitos de peptídeos antibióticos sobre membranas celulares e investigar a organização em escala nanométrica de nanofibras biológicas, incluindo teias de aranhas.

Nanotecnologia na Antártica

No final de novembro de 2007, a Unidade vai dar mais um passo decisivo para o avanço desses estudos com a viagem de três pesquisadores à Antártica, incluindo o próprio Luciano Paulino. Eles vão estudar a capacidade desenvolvida por peixes antárticos para sobreviverem em um ambiente de condições climáticas extremas onde, além do frio intenso, enfrentam também microorganismos, alta incidência de raios ultravioleta e uma concentração muito elevada de oxigênio.

O objetivo é buscar novas moléculas com características que podem beneficiar a agropecuária brasileira, especialmente aquelas com atividades anticongelantes, antimicrobianas, antioxidantes e com capacidade de absorção de radiação ultravioleta.

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