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Átomo mais raro da Terra finalmente revela seus segredos

Redação do Site Inovação Tecnológica - 05/06/2013

Átomo mais raro da Terra finalmente revela seus segredos
Existem menos de 28 gramas de astato na Terra, por isso os físicos geram isótopos do elemento bombardeando átomos de urânio.
[Imagem: Pesquera et al./NatComm]

Átomo mais raro da Terra

Físicos preencheram uma lacuna histórica na tabela periódica ao medir pela primeira vez as propriedades radioativas do astato, um elemento do grupo dos halogênios.

O astato, de número atômico 85, é o último elemento natural para o qual esta propriedade fundamental ainda era desconhecida.

O elemento é particularmente interessante porque os isótopos de astato são candidatos para a criação de radiofármacos para tratamento de câncer.

Este experimento poderá ajudar os químicos a desenvolverem aplicações para o astato em radioterapia e os físicos a desenvolverem teorias que prevejam a estrutura dos elementos super-pesados - que são elementos sintetizados, ou seja, não ocorrem na natureza.

Ao medir o potencial de ionização do astato - que é a energia necessária para remover um elétron de um átomo, transformando-o assim em um íon - os cientistas agora entendem um pouco mais sobre a reatividade química do astato e a estabilidade de suas ligações químicas em compostos.

Astato

O astato ocorre naturalmente, mas apenas em quantidades-traço - calcula-se que exista menos de 28 gramas de astato na Terra.

Felizmente, os físicos podem gerar isótopos artificiais do elemento bombardeando alvos de urânio com prótons de alta energia.

Disparando nos átomos uma série de lasers de comprimentos de onda precisamente ajustados, a equipe mediu o potencial de ionização do astato em 9,31751 elétron-volts.

"O valor experimental para o astato também serve para as teorias de benchmarking que predizem as propriedades atômicas e químicas dos elementos super-pesados, em particular o elemento 117, recentemente descoberto, que possui características muito semelhantes às do astato," disse o professor Andrei Andreev, da Universidade de York.

Bibliografia:

Artigo: Surface symmetry-breaking and strain effects on orbital occupancy in transition metal perovskite epitaxial films
Autores: D. Pesquera, G. Herranz, A. Barla, E. Pellegrin, F. Bondino, E. Magnano, F. Sánchez, J. Fontcuberta
Revista: Nature Communications
Vol.: 3, Article number: 1189
DOI: 10.1038/ncomms2189
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