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Energia

Bateria nuclear poderá alimentar celular por 50 anos

Redação do Site Inovação Tecnológica - 17/01/2024

Bateria nuclear poderá alimentar celular por 50 anos
A bateria betavoltaica é minúscula, menor do que uma moeda.
[Imagem: Betavolt/Divulgação]

Bateria atômica

Uma empresa emergente chinesa anunciou estar prestes a colocar no mercado uma bateria nuclear que pode fornecer eletricidade continuamente por até 50 anos.

Funcionando com base em um princípio chamado betavoltaico - utilizando um isótopo radioativo - as baterias atômicas estão no horizonte há décadas, com promessas como uma bateria que não precisa ser recarregada e mesmo baterias nucleares de diamante que duram milhares de anos.

Mas a emergente Betavolt pretende colocar seu primeiro modelo no mercado já em 2025.

O protótipo, chamado BV100, opera com uma tensão de 3 Volts - as pilhas recarregáveis tipicamente trabalham com 1,2 Volt -, fornece 100 microwatts de potência e é minúscula, medindo 15 x 15 x 5 milímetros, menor do que uma moeda.

O tempo de vida útil e a miniaturização colocam a bateria nuclear como promissora não apenas para aparelhos portáteis e, mais no futuro, veículos elétricos, mas também para alimentar dispositivos médicos implantáveis, como marcapassos e desfibriladores.

Ou seja, se conseguir aprovação das entidades reguladoras, o mercado para as baterias nucleares é até maior do que o mercado das baterias de íons de lítio.

Bateria nuclear poderá alimentar celular por 50 anos
Esquema da bateria nuclear.
[Imagem: Betavolt/Divulgação]

Decaimento beta

A bateria BV100 contém 63 isótopos nucleares, cujo decaimento radioativo produz eletricidade liberando um elétron e um antineutrino - esse processo é chamado decaimento beta, daí o nome betavoltaico.

O isótopo radioativo é o níquel 63 (63Ni), que tem meia-vida de 100,1 anos e, ao decair, produz um isótopo de cobre (63Cu).

Segundo a empresa, isso dá à bateria nuclear uma densidade de energia 10 vezes maior do que a das baterias de lítio e uma capacidade de armazenar 3.300 megawatts em apenas um grama. E ela funciona normalmente em uma faixa de temperatura impensável para as baterias atuais, operando de -60 a 120 ºC.

Ao apresentar seu primeiro protótipo, a empresa também anunciou que já está preparando uma versão de 1 watt para 2025.

Dando uma espetada na concorrência, a empresa afirmou ainda que seu desenvolvimento a posiciona "muito à frente das instituições de pesquisa e empresas europeias e norte-americanas."

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