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Energia

Bateria de glicose dá uma vitaminada na geração de energia

Redação do Site Inovação Tecnológica - 16/10/2025

Bateria de glicose inspirada na biologia vitamina a geração de energia
A nova bateria de fluxo de riboflavina e glicose alcança uma elevada densidade de energia.
[Imagem: Jong-Hwa Shon et al. - 10.1021/acsenergylett.5c02462]

Bateria de fluxo

Inspirando-se em como o corpo humano usa enzimas para decompor a glicose e obter energia, cientistas criaram uma bateria cuja energia é gerada pela glicose e pela vitamina B2, também conhecida como riboflavina.

Uma bateria de fluxo - também conhecida como bateria de fluxo redox ou bateria de fluxo com célula eletroquímica - armazena energia eletroquímica em dois eletrólitos que fluem através do sistema. À medida que ocorrem reações no eletrólito e nos eletrodos, a energia química armazenada é convertida em energia elétrica, e vice-versa.

A riboflavina funciona como mediadora para transportar elétrons entre os eletrodos da bateria e o eletrólito de glicose, gerando um fluxo eletroquímico a partir da energia armazenada no açúcar.

Como a maioria das plantas contém glicose, esse açúcar pode funcionar como um eletrólito abundante e de baixo custo, criando uma fonte de eletricidade adequada para aplicações do tipo estacionário, incluindo o armazenamento da eletricidade gerada por fontes intermitentes, como a solar e a eólica.

"As baterias de fluxo de riboflavina e glicose podem gerar eletricidade a partir de fontes de energia de origem natural," disse Jong-Hwa Shon, do Laboratório Nacional do Noroeste do Pacífico, nos EUA. "Usando componentes não tóxicos, baratos e naturalmente abundantes, este sistema oferece um caminho promissor para um armazenamento de energia residencial mais seguro e acessível."

Bateria de glicose inspirada na biologia vitamina a geração de energia
O conceito lembra mais as células a combustível do que as baterias químicas.
[Imagem: Jong-Hwa Shon et al. - 10.1021/acsenergylett.5c02462]

Bateria de glicose

Esta não é a primeira bateria de fluxo alimentada por glicose, mas os protótipos desenvolvidos até agora dependiam de metais nobres como catalisadores para quebrar as moléculas de açúcar e gerar eletricidade.

A riboflavina consegue substituir esses catalisadores caros porque a vitamina B2 é estável no pH básico necessário aos eletrólitos nas células de fluxo.

A equipe utilizou um material de carbono para formar os eletrodos positivo e negativo. O eletrólito que flui ao redor do eletrodo negativo contém uma forma ativa de riboflavina e glicose, e, no eletrodo positivo, o eletrólito inclui ferricianeto de potássio ou oxigênio (como o usado em células de combustível convencionais) em uma solução com pH básico.

Embora a célula com ferricianeto de potássio tenha permitido à equipe medir com precisão a atividade catalítica da riboflavina, a célula com oxigênio mostrou-se uma opção mais eficiente e mais barata para uso prático em larga escala.

Bibliografia:

Artigo: Vitamin-Mediated Glucose Flow Cell for Sustainable Power Generation
Autores: Jong-Hwa Shon, Ruozhu Feng, Soowhan Kim, Litao Yan, Yuyan Shao, Wei Wang
Revista: ACS Energy Letters
DOI: 10.1021/acsenergylett.5c02462
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