Redação do Site Inovação Tecnológica - 16/10/2025
Bateria de fluxo
Inspirando-se em como o corpo humano usa enzimas para decompor a glicose e obter energia, cientistas criaram uma bateria cuja energia é gerada pela glicose e pela vitamina B2, também conhecida como riboflavina.
Uma bateria de fluxo - também conhecida como bateria de fluxo redox ou bateria de fluxo com célula eletroquímica - armazena energia eletroquímica em dois eletrólitos que fluem através do sistema. À medida que ocorrem reações no eletrólito e nos eletrodos, a energia química armazenada é convertida em energia elétrica, e vice-versa.
A riboflavina funciona como mediadora para transportar elétrons entre os eletrodos da bateria e o eletrólito de glicose, gerando um fluxo eletroquímico a partir da energia armazenada no açúcar.
Como a maioria das plantas contém glicose, esse açúcar pode funcionar como um eletrólito abundante e de baixo custo, criando uma fonte de eletricidade adequada para aplicações do tipo estacionário, incluindo o armazenamento da eletricidade gerada por fontes intermitentes, como a solar e a eólica.
"As baterias de fluxo de riboflavina e glicose podem gerar eletricidade a partir de fontes de energia de origem natural," disse Jong-Hwa Shon, do Laboratório Nacional do Noroeste do Pacífico, nos EUA. "Usando componentes não tóxicos, baratos e naturalmente abundantes, este sistema oferece um caminho promissor para um armazenamento de energia residencial mais seguro e acessível."
Bateria de glicose
Esta não é a primeira bateria de fluxo alimentada por glicose, mas os protótipos desenvolvidos até agora dependiam de metais nobres como catalisadores para quebrar as moléculas de açúcar e gerar eletricidade.
A riboflavina consegue substituir esses catalisadores caros porque a vitamina B2 é estável no pH básico necessário aos eletrólitos nas células de fluxo.
A equipe utilizou um material de carbono para formar os eletrodos positivo e negativo. O eletrólito que flui ao redor do eletrodo negativo contém uma forma ativa de riboflavina e glicose, e, no eletrodo positivo, o eletrólito inclui ferricianeto de potássio ou oxigênio (como o usado em células de combustível convencionais) em uma solução com pH básico.
Embora a célula com ferricianeto de potássio tenha permitido à equipe medir com precisão a atividade catalítica da riboflavina, a célula com oxigênio mostrou-se uma opção mais eficiente e mais barata para uso prático em larga escala.
![]() |
![]() |
![]() |
![]() |