Hologramas aumentam eficiência de painéis solares

Redação do Site Inovação Tecnológica - 31/05/2021

O coletor holográfico captura a luz que cairia nas interconexões e a redireciona para as células solares.
[Imagem: R.K. Kostuk/University of Arizona]

Painel solar com holograma

Com as células solares de silício muito próximas de atingir sua eficiência máxima, a esperança para aumentar a eficiência dos painéis solares se volta para a exploração de partes da luz solar que as células atuais deixam escapar.

Um trio de pesquisadores da Universidade do Arizona apresentou agora uma ideia inusitada para aproveitar a luz que não cai diretamente nas células solares.

A proposta é usar hologramas para redirecionar para as células a luz que hoje incide sobre a área do painel solar destinado à fiação, necessária para interconectar as inúmeras células e transmitir a energia gerada em cada uma para o exterior do painel.

Eles criaram hologramas especiais que separam as cores da luz do Sol e as direcionam para as células solares dentro do painel solar.

O coletor de luz holográfico combina um elemento óptico de baixo custo - o holograma propriamente dito - com um difusor. O holograma fica situado simetricamente no centro do módulo fotovoltaico, para obter a máxima captação efetiva de luz.

Como os hologramas são baratos de se fabricar e podem ser facilmente inseridos na estrutura do painel solar, a expectativa é que a técnica reduza o custo da energia solar, medido em kilowatts gerados por área.

Ganhos de eficiência

A técnica permitiu aumentar a quantidade de energia solar convertida em eletricidade ao longo de um ano em cerca de 5%, o que é muito mais do que qualquer pesquisador da área espera obter de melhoramentos nas células solares de silício.

"O aumento de aproximadamente cinco por cento na produção anual de energia solar viabilizado por esta técnica poderia ter um grande impacto quando dimensionado para até mesmo uma pequena fração das centenas de gigawatts de energia fotovoltaica sendo instalados globalmente," ressaltou o professor Sean Shaheen.

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