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Meio ambiente

Pólos magnéticos da Terra invertem o tempo todo - geologicamente falando

Redação do Site Inovação Tecnológica - 02/12/2011

Pólos magnéticos da Terra mudam o tempo todo - geologicamente falando
A inversão do campo magnético da Terra é um fenômeno contínuo, e que não produziu catástrofes sobre a vida no planeta no passado.
[Imagem: Peter Reid]

Aceleração da reversão

Os pólos magnéticos da Terra invertem-se o tempo todo - geologicamente falando.

Se você voltasse no tempo cerca de 800.000 anos, e levasse consigo uma bússola, descobriria que a ponta da agulha apontaria para o que hoje chamamos de sul.

Os geólogos sabem há muito tempo que os pólos magnéticos da Terra se invertem ao longo das eras.

O que eles não sabiam é que a inversão dos pólos é mais a regra do que a exceção, e que ela vem se acelerando.

No tempo dos dinossauros, os registros fósseis indicam que havia uma reversão dos pólos magnéticos a cada 1 milhão de anos. Nos tempos mais recentes, essa reversão tem ocorrido a cada 200.000 a 300.000 anos.

Por outro lado, já se passou mais do que o dobro desse tempo - 780.000 anos - desde a última reversão, sem que se saiba a razão para isso.

Inversão magnética contínua

Um grupo de cientistas da NASA agora descobriu também que o fenômeno da inversão nada tem de suave ou de rápido.

Ela ocorre ao longo de centenas ou milhares de anos.

Durante esse período, os campos magnéticos parecem se misturar, puxar e empurrar uns aos outros, com múltiplos "pólos" emergindo aqui e ali, nas mais diversas latitudes, até que a situação se equilibre novamente.

Pólos magnéticos da Terra mudam o tempo todo - geologicamente falando
Diagrama do interior da Terra e o movimento do norte magnético de 1900 a 1996.
[Imagem: Dixon Rohr]

O pólo magnético da Terra está-se deslocando continuamente. Ele já se moveu 1.100 quilômetros desde que foi medido com precisão pela primeira vez, no século 19.

Esse deslocamento vem-se acentuando nos últimos anos: os pólos magnéticos estão migrando rumo ao norte geográfico a uma razão de cerca de 65 km por ano, contra cerca de 15 quilômetros por ano no início do século 20.

Sem catástrofes

Os cientistas conhecem o processo analisando a magnetização da lava conforme ela escorre dos vulcões, sobretudo submarinos - conforme a lava se solidifica, ela "grava" a orientação do campo magnético naquele momento.

Felizmente, os registros geológicos não mostram qualquer alteração drástica na vida vegetal ou animal nesses períodos.

Os dados também indicam que a reversão dos pólos magnéticos não guarda qualquer correlação com a atividade glacial.

Isto, segundo os cientistas, é uma prova de que a reversão da polaridade não afeta a inclinação do eixo de rotação da Terra, já que a alteração do eixo tem influências significativas sobre o clima e a glaciação.

Há hipóteses que consideram que a reversão geomagnética deixaria a Terra sem o campo magnético que nos protege das ejeções de massa coronal e das tempestades solares.

Mas os dados indicam que esse campo nunca desapareceu completamente, não gerando nenhuma influência catastrófica sobre a vida do planeta na época de cada inversão.

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