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Espaço

LHC poderá testar propulsão hiperdrive para naves espaciais

Redação do Site Inovação Tecnológica - 01/12/2009

LHC poderá testar propulsão hiperdrive para naves espaciais
O efeito colateral da Teoria da Relatividade poderá ser utilizado para impulsionar uma massa inicialmente estacionária - uma nave espacial - fazendo-a atingir uma fração significativa da velocidade da luz.
[Imagem: CERN/Paramount]

Recordes contínuos

O LHC acaba de superar seu único concorrente, o acelerador Tevatron, ao fazer um feixe de prótons viajar com um impulso de 1,18 TeV (tera elétron volts). Isto significa que, daqui para frente, sem concorrentes, todas as suas marcas serão novos recordes.

Se nenhum outro defeito paralisar o maior experimento da história, as atenções agora se voltam para a etapa científica do Grande Colisor de Hádrons, que deverá começar em 2010.

A fronteira final

E, embora ainda não oficialmente agendada, uma das experiências que mais deverá chamar a atenção do público, idealizada pelo físico Franklin Felber, poderá abrir caminho para uma exploração espacial mais parecida com o que se vê nos filmes de ficção científica, abrindo as fronteiras do Sistema Solar à exploração humana.

Efeito colateral da relatividade

Segundo reportagem da revista New Scientist, tudo começou em 1924, quando o matemático alemão David Hilbert publicou um artigo chamado Os Fundamentos da Física, onde ele descreveu um extraordinário efeito colateral da teoria da relatividade de Einstein.

Hilbert estava estudando a interação entre uma partícula relativística movendo-se na direção de uma massa estacionária, ou distanciando-se dela. Sua conclusão foi que, se a partícula relativística tivesse uma velocidade maior do que cerca de metade da velocidade da luz, a massa estacionária iria repeli-la. Ou, ao menos, assim pareceria para um observador inercial à distância.

Este é um resultado interessante, e que acabou mais ou menos esquecido, afirma Felber, que não tem ligação com instituições acadêmicas.

Motor para nave espacial

Felber inverteu o raciocínio de Hilbert e concluiu que o efeito oposto também deve ser verdadeiro: uma partícula relativística deve ser capaz de repelir uma massa estacionária.

Segundo ele, este efeito poderá ser utilizado para impulsionar uma massa inicialmente estacionária - uma nave espacial - fazendo-a atingir uma fração significativa da velocidade da luz.

Mais interessante ainda, Felber prevê que essa velocidade pode ser alcançada sem gerar um sério estresse que poderia danificar a espaçonave ou ferir seus ocupantes.

É o que ele chama de "propulsão em hipervelocidade", ou propulsão hiperdrive.

LHC e as viagens espaciais

É aí que entra o LHC. Felber afirma que sua teoria pode ser testada pelo Grande Colisor de Hádrons sem nenhuma interferência com os experimentos científicos que lá estarão sendo conduzidos.

O LHC irá acelerar partículas a um nível de energia capaz de gerar as forças repulsivas previstas por Hilbert. A ideia de Felber é colocar uma massa de teste junto do anel do LHC e medir as forças que incidem sobre essa massa conforme as partículas passem zunindo pelo túnel.

A força repulsiva que Felber prevê é minúscula mas, se ela de fato existir, poderá ser detectada usando uma massa de teste ressonante. E, como o experimento não interferirá com o trabalho principal do LHC, a teoria poderia ser testada "sem nenhum custo."

A proposta de Felber, já revisada, está disponível no endereço arxiv.org/abs/0910.1084.

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