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Materiais Avançados

Além dos metamateriais: invisibilidade 3D no espaço livre

Redação do Site Inovação Tecnológica - 25/08/2011

Além dos metamateriais: invisibilidade plasmônica e metais canhotos
O escudo da invisibilidade 3D usa um cilindro não-condutor de 18 centímetros de comprimento por 3 centímetros de diâmetro, construído com 8 segmentos.
[Imagem: Andrea Alu]

Além da invisibilidade

Os mantos da invisibilidade saltaram rapidamente da ficção para a realidade - ou, para a "quase-realidade", uma vez que a maioria deles ainda não é prática o suficiente para esconder algo fora dos laboratórios.

Mas os progressos dessas pesquisas estão rendendo frutos em outras áreas da óptica, incluindo a microscopia e as telecomunicações e até nas células solares, graças à criação de "buracos negros ópticos".

Tudo isto tem sido possível graças aos metamateriais, estruturas construídas pelo homem, capazes de manipular a luz de formas totalmente "anômalas" - fazê-la assumir um índice negativo de refração, por exemplo.

Como o campo é promissor e tem atraído interesse de muitos grupos de pesquisas ao redor do mundo, era inevitável que começassem a surgir novidades, digamos, menos ortodoxas.

Invisibilidade no espaço livre

Andrea Alu e seus colegas da Universidade do Texas, nos Estados Unidos, construíram um manto de invisibilidade que não apenas é 3D, como outros pesquisadores já fizeram, mas também funciona no espaço livre.

As camuflagens 3D feitas até agora não são exatamente mantos, mas tapetes de invisibilidade, o que significa que um objeto tridimensional posto sobre eles fica invisível para um observador que estiver olhando de cima.

Para tornar invisível um objeto livre no espaço, a equipe deixou de lado os metamateriais e desenvolveu um dispositivo plasmônico - baseado nos plásmons de superfície.

Nesse novo conceito, a luz refletida pelo objeto a ser camuflado é cancelada por um escudo exterior, criando uma espécie de concha de invisibilidade.

Invisibilidade plasmônica

Materiais plasmônicos têm propriedades especiais em determinadas frequências, fazendo com que a radiação eletromagnética gere oscilações nos elétrons de sua superfície - são essas ondas superficiais de elétrons que se chamam plásmons.

A concha de invisibilidade usa esses plásmons para gerar uma polarização da luz oposta à polarização dos raios refletidos pelo objeto a ser camuflado, fazendo com que uma cancele a outra - é como se o objeto dentro dessa concha fosse transparente.

No atual estágio, o escudo da invisibilidade 3D espacial tem duas deficiências: ele só consegue esconder objetos isolantes - ele não funciona com metais - e só funciona com luz polarizada - você irá precisar usar óculos polarizadores para "não ver" o objeto escondido.

Contudo, os pesquisadores afirmam que já têm o conceito teórico para construir um escudo que funcione para luz não polarizada, dispensando os incômodos óculos também para o seu manto de invisibilidade 3D.

Bibliografia:

Artigo: Experimental 3D Plasmonic Cloaking in Free Space
Autores: David Rainwater, Aaron Kerkhoff, Kevin Melin, Andrea Alu
Revista: arXiv
Link: http://arxiv.org/abs/1107.3740
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