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Informática

Programa gratuito permitirá que médicos vejam órgãos internos

Redação do Site Inovação Tecnológica - 22/02/2008

Programa gratuito permitirá que médicos vejam órgãos internos
Uma caneta háptica permite que o médico "sinta" a textura do órgão interno do paciente.
[Imagem: Erik Vidholm]

Você chega ao consultório médico e relata seu problema. Em vez de mandá-lo fazer um exame e voltar dentro de uma semana, como acontece na maioria das vezes, o doutor pede-lhe para se colocar à frente de um aparelho. Na tela, ele vê a imagem em formato real dos seus órgãos internos, podendo tocá-los por meio de uma espécie de mouse háptico, sentindo sua textura e conformação.

Diagnóstico de câncer

Esta é a idéia do Dr. Erik Vidholm, da Universidade de Uppsala, na Suécia. E os primeiros resultados são animadores. Segundo ele, a visualização direta dos órgãos internos deverá ter um impacto incomparável no diagnóstico do câncer, já que será possível ver instantaneamente um tumor do interior do organismo.

Automático e interativo

Segundo Vidholm, a maior dificuldade no desenvolvimento do sistema está em que, ao contrário do que se possa imaginar, também internamente nós somos muito diferentes uns dos outros. Isso dificulta o trabalho do programa de computador, que ainda não consegue capturar sempre as dados mais relevantes. O resultado é que as imagens variam bastante em qualidade.

Enquanto o sistema é aprimorado, a saída é fazer um trabalho interativo, no qual o médico vai delineando as áreas, a fim de que o computador possa refinar a imagem tridimensional gerada.

Sensor háptico

Para permitir uma interação adequada, Vidholm está utilizando a háptica, uma técnica que permite associar o sentido do tato a ambientes virtuais. Outro pesquisador sueco, também trabalhando com háptica, recentemente apresentou um equipamento que permite ao médico "tocar" o coração do paciente (veja Háptica permite "tocar" o coração de um paciente real).

Modelos dos órgãos

Modelos computadorizados dos órgãos são como que "encaixados" nas imagens dos órgãos do paciente, e podem então ser utilizados para se medir o volume do órgão ou para calcular alterações em seu tamanho e variações no seu formato.

"Para dar um melhor senso de profundidade na imagem nós usamos estereográficos. Quando os modelos estão para ser adaptados à imagem, isto é feito parcialmente de forma automática, com base no conteúdo da imagem, e parcialmente com as informações do usuário utilizando a caneta háptica," explica o pesquisador.

Vidholm reuniu os diversos algoritmos em um pacote de software, que ele batizou de Wish, e que está disponível gratuitamente em seu site (veja link abaixo).

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