Logotipo do Site Inovação Tecnológica





Robótica

Robô de silicone muda de cor para se camuflar

Redação do Site Inovação Tecnológica - 17/08/2012

Robô de silicone muda de cor para se camuflar
O robô é feito de silicone, com o material sendo permeado por duas redes separadas de minúsculos canais, fabricadas por um processo de impressão 3D.
[Imagem: S.Morin/Harvard University]

Camuflagem robótica

O biomimetismo tem permitido que os engenheiros aproveitem o trabalho evolutivo da natureza para criar robôs mais simples e mais eficientes.

Agora, Stephen Morin e seus colegas da Universidade de Harvard, nos Estados Unidos, deram um passo adicional, e deram aos seus robôs uma habilidade muito encontrada nos animais: a capacidade de camuflagem.

Os animais usam duas técnicas para se dar melhor em relação aos seus predadores ou às suas presas: o mimetismo, pelo qual eles tentam imitar ou se parecer com outros animais, e a camuflagem, pela qual os animais tentam se confundir com o ambiente para não serem vistos.

O robô macio e flexível tem a capacidade de mudar sua própria cor para se destacar menos da cor do ambiente - um tipo de camuflagem conhecido como homocromia.

Segundo os pesquisadores, robôs com essa habilidade poderão ser úteis para o estudo do comportamento de animais em ambiente natural, além de "outras atividades nas quais se supõe que as máquinas não sejam notadas".

Robô de silicone muda de cor para se camuflar
O robô macio e flexível tem a capacidade de mudar sua própria cor para se destacar menos da cor do ambiente - um tipo de camuflagem conhecido como homocromia.
[Imagem: S.Morin et al./Science]

Camaleão ou vagalume

O robô é feito de silicone, com o material sendo permeado por duas redes separadas de minúsculos canais, fabricadas por um processo de impressão 3D.

A primeira rede de microcanais é usada para a movimentação do robô, o que é feito injetando ar comprimido, de forma seletiva, em cada uma das quatro pernas do robô.

A segunda rede de microcanais permite a injeção dos corantes, responsáveis pela mudança de cor do robô.

Como é possível controlar a temperatura dos corantes, o robô também pode mudar sua cor no espectro infravermelho - além de câmeras de vigilância, algumas cobras têm órgãos especiais capazes de detectar essa frequência.

Além de mudar de cor para se camuflar, o robô também pode anunciar sua presença, piscando como um vagalume, o que é feito mudando rapidamente os corantes, ou usando corantes fluorescentes.

O grande inconveniente desse primeiro protótipo é que todo o aparato de controle fica fora do robô - ou seja, esse robô com habilidades de polvo e camaleão não é autônomo.

Bibliografia:

Artigo: Camouflage and Display for Soft Machines
Autores: Stephen A. Morin, Robert F. Shepherd, Sen Wai Kwok, Adam A. Stokes, Alex Nemiroski, George M. Whitesides
Revista: Science
Vol.: 337 - pp 828-832
DOI: 10.1126/science.1222149
Seguir Site Inovação Tecnológica no Google Notícias





Outras notícias sobre:
  • Robôs
  • Biomecatrônica
  • Biochips
  • Polímeros

Mais tópicos