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Espaço

Exploração espacial com balões

Redação do Site Inovação Tecnológica - 19/12/2002

Exploração espacial com balões
Em 1984, dois balões foram lançados na atmosfera de Vênus para uma curta missão de observação, tendo alcançado sucesso total.
[Imagem: NIAC/NASA]

Balões espaciais

Balões equipados com sofisticados sistemas de navegação e sondas robóticas representam a face mais provável das futuras explorações espaciais.

A opinião é do Dr. Alexey Pankine, engenheiro convidado pela NASA para trabalhar no Institute for Advanced Concepts (NIAC), responsável pela visão de longo prazo da agência espacial norte-americana.

Ele acaba de divulgar seu estudo, intitulado Directed Aerial Robot Explorers (DARE) sobre o papel dos balões na exploração de novos planetas.

A base das idéias do Dr. Pankine é que os balões podem flutuar sobre a atmosfera dos planetas por muitos dias. Esses equipamentos são há muito reconhecidos como plataformas de observação de baixo custo e são rotineiramente utilizados em observações da atmosfera terrestre.

Em 1984, dois balões foram lançados na atmosfera de Vênus para uma curta missão de observação, tendo alcançado sucesso total.

Dirigíveis robotizados

Entretanto, a incapacidade de controlar a trajetória dos balões sob condições atmosféricas de ventos fortes tem restringido sua utilização de forma mais ampla. A incorporação de motores pode torná-los muito pesados, dependentes de combustível e muito caros.

Para contornar este problema, a empresa Global Aerospace Corporation propôs um equipamento inovador que permite a um usuário o controle da trajetória de um balão planetário.

O equipamento é essencialmente uma asa pendurada sob o balão por uma enorme corrente, medindo até vários quilômetros. Ventos fortes e atmosferas densas agindo sobre a asa, cria uma força que empurra o sistema todo através dos ventos.

O Dr. Pankine analisa o uso da proposta da empresa GAC em vários planetas do nosso sistema solar (Vênus, Marte, Júpiter) além de Titan, uma das luas de Saturno.

Segundo o estudo, uma pequena asa irá empurrar o balão com velocidade de cerca de um metro por segundo através dos ventos desses planetas.

Isso pode não parecer muito, mas quando visto sob a perspectiva de uma missão longa, de cerca de 100 dias, poderá significar a exploração de pólo a pólo das atmosferas de Vênus e Titan. Ou a cobertura de vastas áreas de Marte ou Júpiter. E sem consumir nenhum combustível.

Sondas-robô

Os balões poderão levar câmeras de alta resolução e instrumentos para estudar a superfície e a atmosfera dos planetas. O Dr. Pankine antevê também o lançamento de pequenas sondas sobre lugares específicos dos planetas, onde haja interesse de exploração mais detalhada.

Estas sondas-robô poderão, por exemplo, analisar a atmosfera durante sua queda em Vênus ou Júpiter ou então analisar o solo de Marte ou Titan.

"A possibilidade de alterar a trajetória de vôo na atmosfera e de lançar sondas poderá expandir incrivelmente as capacidades dos balões planetários e tornar possível observações avançadas que não são possíveis com qualquer outra plataforma," disse o Dr. Pankine.

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