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Informática

Rede Giga permitirá aplicações de alto desempenho

Redação do Site Inovação Tecnológica - 10/05/2004


A prática da telemedicina, onde médicos e especialistas podem trocar informações em tempo real sobre diagnósticos e intervenções cirúrgicas, ainda é limitada por problemas como a definição de imagens e a baixa velocidade na transmissão de dados. Essa realidade começa a mudar a partir da implantação da rede ótica do projeto Giga, que garante segurança e velocidade de tráfego de 2,5 GB a 10 GB.

A Rede Giga foi inaugurada na última sexta-feira, dia 07/05, pelos ministros da Ciência e Tecnologia, Eduardo Campos, e das Comunicações, Eunício Oliveira, em Campinas (SP).

Coordenada pela Rede Nacional de Pesquisa (RNP), unidade vinculada ao Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT), e pelo Centro de Pesquisa e Desenvolvimento em Telecomunicações (CPqD), a Rede também atuará no desenvolvimento de novos serviços de telecomunicações. Para isso, o projeto contou com a colaboração da operadoras de telefonia Intelig, Telemar, Telefonica e Embratel, que cederam a rede de fibra ótica.

Segundo o diretor da RNP, Nelson Simões, "o Brasil tem de 85% a 90% de ociosidade na sua capacidade instalada de fibra ótica".

Ao interligar unidades como o Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE/MCT), em São José dos Campos - SP, e o Laboratório Nacional de Computação Científica (LNCC/MCT), em Petrópolis - RJ, em conexão de alta velocidade, a Rede Giga poderá, por exemplo, acelerar e produzir informações de maior confiabilidade com processamento de dados dos satélites para previsão do tempo. "É um avanço significativo para o setor de agronegócios, pois ajudará o produtor a reduzir os custos da safra, com informações mais precisas sobre as condições climáticas", explicou Eduardo Campos.

A Rede Giga interliga 17 instituições de pesquisa em sete cidades dos estados de São Paulo e Rio de Janeiro com capacidade para transmissão de dados 400 vezes maior do que a da Internet doméstica (256 KB). Não existem hoje no país nenhum tipo de conexão semelhante. Há a expectativa de que em 2005 essa tecnologia também seja usada pela rede acadêmica, que é disponibilizada pela RNP.

Para o professor Michael Stanton, responsável pelo desenvolvimento do projeto Giga na RNP, o projeto é uma oportunidade histórica, uma vez que a rede começa interligando algumas universidades e centros de pesquisas de uma mesma região e logo estará disponível para a comunidade acadêmica de todo o Brasil.

"O que diferencia nosso projeto é que todas as redes foram feitas alugando serviços de operadoras. E nós estamos utilizando a infra-estrutura já existente, ou seja, a fibra ótica, o que nos dá a possibilidade de interligar todo o país transmitindo conteúdos de educação, saúde, pesquisas, cultura, clima, meio ambiente. Isto é realmente muito importante para o desenvolvimento, para a troca de saberes, informações e também para a inclusão digital", declarou o professor Stanton.

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