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Materiais Avançados

Aço amorfo é três vezes mais forte que o aço comum e não é magnético

Redação do Site Inovação Tecnológica - 27/08/2004

Aço amorfo é três vezes mais forte que o aço comum e não é magnético

Dois grupos de cientistas relataram a descoberta simultânea, mas independente, de um novo material amorfo não magnético que é três vezes mais resistente do que o aço, além de ser mais resistente à corrosão. Com ele será possível, por exemplo, a construção de cascos não magnéticos para submarinos e navios, mais fortes e menos sujeitos à corrosão.

Um material amorfo não possui uma estrutura cristalina definida, como o aço e os outros metais. Seus átomos se organizam em estruturas aleatórias, o que lhe deu o nome de "aço amorfo", já que foi feito a partir de uma liga de diversos tipos de aço.

"O aço amorfo pode potencialmente revolucionar a indústria siderúrgica," afirma o professor Joseph Poon, membro de uma das equipes que fizeram a descoberta. Os pesquisadores agora vão começar a trabalhar no desenvolvimento de técnicas que permitam a produção do aço amorfo em escala industrial.

O novo material ultra-resistente poderá vir a ser utilizado para a construção de cascos de navios mais finos, automóveis mais leves, edifícios mais altos, além de ferramentas, instrumentos cirúrgicos e material esportivo não sujeitos à corrosão.

Segundo Gary Shiflet, outro membro da mesma equipe, pesquisadores estão tentando há anos criar um aço amorfo em dimensões suficientes para que ele possa ter uso prático. Eles conseguiram o feito, graças à adição de uma pequena dose de ítrio, um elemento de terras raras.

Os cientistas acreditam que o grande tamanho do átomo de ítrio causa uma desestabilização da estrutura cristalina da liga, gerando a estrutura amorfa.

Outra grande vantagem é que, quando totalmente desenvolvido, o aço amorfo poderá tanto ser usinado como o aço comum, quanto ser trabalhado com uma formabilidade muito superior, como se fosse um plástico.

As pesquisas foram feitas de forma independente por cientistas da Universidade da Virgínia e do Laboratório Nacional Oak Ridge, ambos dos Estados Unidos. As estimativas dos dois grupos para que o aço amorfo chegue ao mercado variam entre três e seis anos.

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