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Mecânica

Titânio mais barato

Redação do Site Inovação Tecnológica - 29/08/2003

Titânio mais barato

As empresas Altair Nanotechnologies, especializada no fornecimento de materiais nanoparticulados, e Titanium Metals Corporation, uma das maiores fornecedoras mundiais de titânio, uniram-se para explorar um novo processo de produção de titânio que poderá baratear substancialmente um dos mais nobres metais da indústria.

O processo, chamado "Fray-Farthing-Chen (FFC) Cambridge Process", foi criado pelos professores da Universidade de Cambridge George Zheng Chen, Derek Fray e Tom W. Farthing. O FFC Cambridge é utilizado para extrair metais e ligas de seus óxidos sólidos por meio da eletrólise em sais fundidos.

O titânio é promissor para uma ampla gama de usos industriais, mas que não se tornam comercialmente viáveis pelo alto custo do metal. O novo processo tem o potencial de reduzir significativamente o custo da tonelada de titânio, permitindo que estas aplicações tornem-se uma realidade.

Atualmente uma tonelada de titânio custa cerca de US$12.000,00. O alto preço é o principal responsável pela produção do metal limitar-se a 50.000 toneladas anuais, bem abaixo do potencial minerário do metal.

A Titanium Metals irá se utilizar da capacidade de Altair de controlar o tamanho, formato e estrutura cristalina de partículas de TiO2, por meio de um processo proprietário que produz pigmentos e nanopartículas de dióxido de titânio. Esta tecnologia permite a otimização da porosidade e a criação de eletrodos em formatos sob encomenda a partir tanto de TiCl4 ("tetracloreto de titânio"), como de soluções de minério de titânio.

O titânio produzido pelo método FFC pode se apresentar tanto sob a forma de pó quanto sob a forma de esponja. Em ambos os casos, a microestrutura é composta de partículas e tamanho entre 100 e 102 micra.

Tal como o alumínio e outros metais altamente reativos, o titânio pode, em princípio, ser extraído de forma muito mais econômica por processos eletrolíticos do que por processos pirometalúrgicos. No entanto, o processo pirometalúrgico desenvolvido por William J.Kroll permaneceu imbatível por mais de 50 anos. Muitas tentativas foram feitas para dissolver compostos de titânio em um eletrólito fundido e efetuar a deposição do metal no catodo. Mas os pesquisadores depararam-se com uma série de problemas, principalmente a reciclagem redox dos íons multivalentes de titânio entre o catodo e o anodo, falhas na redução e deposição dendrítica. Todos estes problemas foram solucionados pelo método FFC, no qual o titânio permanece sempre na fase sólido no catodo.

Não foi divulgado se a British Titanium e a Metalysis, empresas criadas pelos pesquisadores a partir da descoberta do método FFC, continuarão atuando no mercado.

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