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Ministro garante apoio às indústrias de Química Fina

Redação do Site Inovação Tecnológica - 28/07/2003


A auto-suficiência brasileira na produção de medicamentos é considerada estratégica e de segurança nacional pelo Ministério da Ciência e Tecnologia, que apoiará a indústria de Química Fina para aumentar a produção de remédios e reverter o atual déficit na balança comercial.

A garantia do apoio foi feita pelo ministro Roberto Amaral, da Ciência e Tecnologia, durante debate que reuniu cerca de 40 empresários do setor, ontem, no Rio de Janeiro.

O quadro de acentuado declínio da indústria de Química Fina nacional, na última década, foi apresentado ao ministro, que prometeu uma maior aproximação do ministério com as empresas do setor.

"O meu objetivo é estreitarmos as relações com a área industrial de Química Fina", garantiu Roberto Amaral. Ele propôs a realização de um grande seminário que colocasse os empresários do setor de todo o País em discussão direta com os técnicos do Ministério e dos órgãos vinculados. Os empresários imediatamente acataram a proposta.

Segundo o balanço apresentado na reunião, o setor é um dos grandes responsáveis pelo déficit da nossa balança comercial. Em 1992, o Brasil importava US$ 976,9 milhões em produtos de Química Fina. Ano passado a importação já chegava a US$ 2 bilhões e 411milhões.

Junto com o aumento das importações registrado na última década, cerca de 2 mil unidades brasileiras paralisaram sua produção. Os empresários creditam esses fatos à abertura de mercado promovida pelos governos anteriores, sem uma política que garantisse a competitividade e o desenvolvimento da indústria nacional diante da nova realidade.

Roberto Amaral disse que já está implementando mudanças na política de Ciência e Tecnologia para que o Brasil possa começar a reverter o quadro crítico atual. Para se ter uma idéia, há 30 anos, o Brasil fabricava 70% dos antibióticos consumidos no País. Hoje, a situação está invertida.

Uma das mudanças que já está sendo implementada é a que permite que os doutores formados pelas universidades possam trabalhar em projetos de inovação tecnológica junto às empresas, tendo essa atividade incluída em seu currículo acadêmico. Um acesso mais articulado das empresas aos Fundos Setoriais também está sendo tratado junto à Finep.

O debate faz parte de uma série que as indústrias de Química Fina do Rio de Janeiro vêm realizando. Através de suas entidades representativas, estão convocando os ministros das mais diversas áreas para que Governo e empresários, juntos, possam formular uma política de retomada do desenvolvimento industrial.

O resultado dessas articulações será tratado no Fórum Nacional de Competitividade da Cadeia Produtiva de Química Fina, que vai sugerir uma política de longo prazo para o setor.



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