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Robótica

Robô planta, colhe e aplica defensivo

Redação do Site Inovação Tecnológica - 17/09/2003

Robô planta

Uma equipe de cientistas do Instituto de Engenharia Agrícola de Israel acaba de lançar um robô multifunção para a agricultura. Embora o formato de um trator possa parecer um tanto rústico, o robô-agricultor incorpora sofisticadas tecnologias como visão de máquina, detecção de rotas e algoritmos especiais para permitir que o robô navegue corretamente entre as fileiras da plantação, tudo de forma automática.

O sistema de visão de máquina faz a aquisição de imagens por meio de um filtro ótico-acústico configurável, dotado de um adaptador ótico para que ele possa ser montado sobre a câmera. A faixa do espectro coberta pelo filtro situa-se entre 500 e 1.000 nanômetros de comprimento de onda, o que compreende desde a luz visível até a faixa conhecida como infravermelho próximo. A parte configurável do equipamento permite que ele alterne entre diferentes comprimentos de onda em apenas 0,25 segundos.

O sistema se adapta a variações na luminosidade do ambiente e é capaz de reconhecer características que variam de fruto para fruto, como coloração e tamanho.

Os cientistas desenvolveram três tipos de atuadores, que são os braços do robô. O primeiro deles, que serviu para todos os testes de navegação e detecção de rotas, destina-se à colheita de melões e melancias. Nesta etapa foi também desenvolvido o sofisticado sistema de visão artificial, capaz de detectar cores e mesmo captar luz de vários comprimentos de onda.

O segundo braço robótico destina-se a efetuar transplantes de mudas. Acionado pneumaticamente, as duas garras efetuam um movimento semelhante ao de uma tesoura. Depois de vários testes, os pesquisadores chegaram a um formato que permite que a mesma garra trabalhe com diversos tipos e tamanhos de plantas. Para evitar danos às plantas, as garras são recobertas com uma espécie de espuma e têm o formato de L, para permitir que o braço se aproxime pela latera das plantas.

O terceiro braço robótico está em desenvolvimento e baseia-se em uma pesquisa paralela, feita no mesmo Instituto. O novo braço irá fazer aplicação de defensivos agrícolas, sendo capaz de detectar a quantidade de ervas daninhas existentes no solo, decidindo onde aspergir o defensivo e a quantidade a ser aspergida.

A direção do robô é feita por um algoritmo especialmente projetado para essa finalidade, sendo capaz de calcular inclusive uma margem de segurança para evitar que as rodas do robô danifiquem as plantas. Agora os pesquisadores vão se dedicar a melhorar esse algoritmo de forma a tornar as mudanças de direção mais suaves e levar em conta a velocidade de deslocamento e a dinâmica do trator.

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