Bateria lavável e elástica para eletrônicos de vestir

Redação do Site Inovação Tecnológica - 10/12/2021

A pesquisadora Bahar Iranpour mostra a elasticidade da bateria.
[Imagem: Tan N. Nguyen et al. - 10.1002/aenm.202103148]

Bateria que estica

Está pronta aquela que parece ser a primeira bateria não apenas flexível e elástica, mas também lavável.

Talhada para as roupas eletrônicas, tecidos inteligentes e eletrônicos de vestir, a bateria funciona mesmo quando torcida ou esticada até o dobro do seu comprimento normal, ou mesmo depois de sair da máquina de lavar roupas.

"Os eletrônicos vestíveis são um grande mercado e as baterias elásticas são essenciais para seu desenvolvimento," disse Ngoc Nguyen, da Universidade da Colúmbia Britânica, no Canadá. "No entanto, até agora, as baterias extensíveis não eram laváveis. Este é um acréscimo essencial se quisermos que elas suportem as exigências do uso diário."

Transformando bateria em borracha

Nas baterias normais, as camadas internas são materiais de diversas consistências revestidos por um exterior rígido.

A equipe tornou esticáveis os principais compostos - neste caso, zinco e dióxido de manganês - triturando-os e, em seguida, incorporando-os em um polímero. A bateria é formada por várias camadas ultrafinas desses materiais incorporados no polímero, tudo finalmente envolto em um invólucro final do mesmo polímero.

Essa construção cria uma vedação hermética e à prova d'água que garante a integridade da bateria.

Interesse comercial

A escolha da química do zinco e do dióxido de manganês também traz outra vantagem importante: "Optamos pelo zinco-manganês porque, para dispositivos usados próximos à pele, é uma química mais segura do que as baterias de íons de lítio, que podem produzir compostos tóxicos quando se quebram," disse Nguyen.

Os primeiros protótipos suportaram 39 ciclos de lavagem em uma máquina de lavar sem perder a funcionalidade.

A equipe já está trabalhando para aumentar a potência e a ciclagem da bateria, mas a inovação já atraiu interesse comercial. Os pesquisadores acreditam que, quando a nova bateria estiver pronta para o consumidor, ela poderá custar o mesmo que uma bateria recarregável comum.

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