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Meio ambiente

Besouro do deserto inspira coletor de umidade do ar

Redação do Site Inovação Tecnológica - 25/05/2011

Besouro do deserto inspira coletor de umidade do ar
O besouro da Namíbia possui saliências que atraem água, ao lado de canais que a repelem. Em escala humana, contudo, uma malha se mostrou mais eficiente.
[Imagem: Patrick Gillooly]

Coletor de neblina

Pesquisadores do MIT, nos Estados Unidos, realizaram um objetivo longamente sonhado pelos moradores de regiões áridas e desérticas: um coletor de umidade do ar de alta eficiência.

"O componente técnico da pesquisa está feito," afirma Shreerang Chhatre, ressaltando que agora só falta apoio financeiro e o suporte administrativo para que sua invenção chegue ao mercado.

O coletor de umidade do ar, ou coletor de neblina, consiste em uma malha que atrai as gotículas de água suspensas no ar.

Na extremidade, a malha é conectada a pequenos receptáculos, por onde a água pode fluir e ser depositada em recipientes.

Engenharia da natureza

Embora pareça ser uma solução simples, a realização tecnológica só foi possível depois que biólogos estudaram em detalhes o besouro da Namíbia (Stenocara gracilipes).

Vivendo em áreas desérticas, durante a madrugada, o pequeno besouro coleta o sereno em suas costas, em uma estrutura extremamente eficiente, formada por microcanais feitos por materiais hidrofóbicos e hidrofílicos.

As microgotículas fluem pelo seu corpo, unindo-se até formar gotas grandes, que chegam até a boca do animal, que pode então beber em um lugar onde simplesmente não há cursos d'água e nem chuva.

Um princípio básico do coletor de umidade é que, como no animal, ele deve ser construído com uma combinação de superfícies que atraem e que repelem água.

A casca do besouro da Namíbia possui saliências que atraem água, ao lado de canais que a repelem. Desta forma, as gotas são coletadas nas saliências e escorrem pelos canais, até chegarem ao seu destino: a boca do besouro.

Malha coletora de umidade

Para reproduzir esse comportamento em escala humana, os pesquisadores acharam mais eficiente usar telas, em vez de uma superfície sólida, como a casca do besouro, porque um objeto totalmente impermeável cria correntes de vento que desviam as gotículas de água presentes no ar.

"Nós tentamos reproduzir a estrutura que o besouro tem, mas descobrimos que esse tipo de superfície permeável aberta é melhor," explicou Chhatre. "O besouro precisa beber apenas uns poucos microlitros de água. Nós queremos capturar tanta água quanto possível."

Nos testes de campo, a malha coletora de neblina capturou um litro de água por metro quadrado, por dia.

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