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Brasil começa a exportar urânio enriquecido

Com informações da Agência Brasil - 05/07/2016

Brasil exportará urânio enriquecido pela primeira vez
Urânio enriquecido será vendido à Argentina.
[Imagem: INB]

Dióxido de urânio

A INB (Indústrias Nucleares do Brasil) exportará urânio enriquecido pela primeira vez.

A empresa, vinculada ao MCTIC (Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações), fará suas primeiras exportações para a empresa estatal argentina Combustibles Nucleares Argentinos (Conuar).

O acordo prevê o envio de quatro toneladas de pó de dióxido de urânio para a carga inicial de abastecimento de um reator nuclear localizado na cidade de Lima, ao norte de Buenos Aires. O contrato tem um valor de US$ 4,5 milhões.

As 4 toneladas serão divididas em três lotes, com teores de enriquecimento de 1,9%, 2,6% e 3,1%.

Enriquecimento de urânio

Além do Brasil, o urânio é enriquecido por outros 11 países. A tecnologia usada na unidade da INB em Resende é a de ultracentrifugação para enriquecimento isotópico, desenvolvida pelo Centro Tecnológico da Marinha em São Paulo em parceria com o Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares.

Segundo o ministério, a exportação não afeta o abastecimento de combustível das centrais nucleares de Angra dos Reis (RJ). Atualmente, a Usina de Enriquecimento tem seis cascatas de ultracentrífugas em operação e atende a cerca de 40% das necessidades de Angra 1.

Transferência de tecnologia

O acordo com a Argentina não envolve intercâmbio de conhecimento, uma vez que prevê a entrega de um produto pronto, mas abre essa perspectiva. A empresa estatal argentina Invap participa do desenvolvimento do Reator Multipropósito Brasileiro, e os programas nucleares dos dois países são contemporâneos, iniciados na década de 1960.

Criada em 1988, a INB atua na cadeia produtiva do urânio, da mineração à fabricação do combustível que gera energia elétrica nas usinas nucleares. A empresa pública tem sede no Rio de Janeiro e também está presente nos estados da Bahia, Ceará, Minas Gerais e São Paulo.

Urânio

Segundo a INB, o Brasil tem a sétima maior reserva geológica de urânio do mundo, o que permite o suprimento das necessidades domésticas no longo prazo e uma possível disponibilização do excedente para exportação. As reservas estão concentradas nos estados da Bahia, do Ceará, Paraná e de Minas Gerais, com cerca de 309 mil toneladas de concentrado de urânio.

A única mina de urânio em operação no Brasil está em Caetité (BA) e tem capacidade de produzir 400 toneladas de concentrado de urânio por ano. Em 2013, a produção mundial de urânio concentrado foi 70.330 toneladas.

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