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Energia

Corante que brilha no escuro forma bateria líquida

Redação do Site Inovação Tecnológica - 08/12/2016

Corante que brilha no escuro forma bateria líquida

[Imagem: Buffalo University]

Brilho verde

Este corante que brilha no escuro promete ser a próxima palavra no armazenamento de energia.

Conhecido como bodipy - uma abreviatura do termo em inglês para boro-dipirrometeno -, o material foi sintetizado por Anjula Kosswattaarachchi e seus colegas da Universidade de Buffalo, nos EUA.

O que a equipe descobriu é que esse corante possui propriedades excepcionais em duas áreas-chave para o armazenamento de energia: a coleta e armazenamento de elétrons e a participação na transferência de elétrons.

Nos primeiros testes, uma bateria à base de bodipy operou com uma eficiência de 73% a 2,3 volts por mais de 100 ciclos.

A proposta é que o corante sirva como elemento ativo de baterias de fluxo, que poderão ser carregadas com a energia gerada por fontes intermitentes, como eólica e solar, e depois descarregadas quando a energia for necessária.

Baterias redox

A vantagem das baterias de fluxo, ou baterias redox, é que elas não possuem limites máximos de armazenamento - basta ir enchendo tanques com o material, que depois é recirculado para liberar os elétrons quando a energia for necessária.

A eficiência de uma bateria redox depende das propriedades químicas do fluido utilizado.

"A biblioteca de moléculas usadas em baterias de fluxo redox é pequena atualmente, mas espera-se que ela cresça significativamente nos próximos anos. Nossa pesquisa identificou o corante bodipy como um candidato promissor," disse o professor Timothy Cook, coordenador da equipe.

Uma de suas grandes vantagens é que o material absorve e libera elétrons sem se degradar, como acontece com vários outros compostos químicos sendo pesquisados com o mesmo objetivo.

Bibliografia:

Artigo: Characterization of a BODIPY Dye as an Active Species for Redox Flow Batteries
Autores: Anjula M. Kosswattaarachchi, Alan Friedman, Timothy R. Cook
Revista: ChemSusChem
DOI: 10.1002/cssc.201601104
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