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Fantasmas dançantes no espaço desafiam astrônomos

Redação do Site Inovação Tecnológica - 09/08/2021

O que são os fantasmas dançantes que estão intrigando astrônomos?
Os astrônomos enxergam dois fantasmas dançando nas imagens que eles captaram usando um radiotelescópio.
[Imagem: Ray P. Norris et al. (2021)]

Fantasmas espaciais

Astrônomos australianos descobriram o que parecem ser nuvens de elétrons cercando galáxias nas profundezas do cosmos.

Segundo os pesquisadores, as nuvens, que estão a cerca de um bilhão de anos-luz de distância e nunca haviam sido vistas antes, parecem dois fantasmas dançando.

Esses "fantasmas dançantes" foram descobertos como parte do primeiro rastreio do projeto EMU (sigla em inglês para Mapa Evolucionário do Universo), usando o radiotelescópio ASKAP (Australian Square Kilometer Array Pathfinder).

"Quando vimos os 'fantasmas dançantes' pela primeira vez, não tínhamos ideia do que eram. Após semanas de trabalho, descobrimos que estávamos vendo duas galáxias 'hospedeiras', a cerca de um bilhão de anos-luz de distância. Em seus centros estão dois buracos negros supermassivos, esguichando jatos de elétrons que são curvados em formas grotescas por um vento intergaláctico.

"Estamos nos acostumando a surpresas à medida que escaneamos os céus como parte do Projeto EMU e sondamos mais profundamente o Universo do que qualquer telescópio fez antes. Quando você ousadamente vai aonde nenhum telescópio jamais foi antes, é provável que faça novas descobertas," comentou o professor Ray Norris, da Universidade Ocidental de Sydney.

O que são os fantasmas dançantes que estão intrigando astrônomos?
Ainda sabemos pouco sobre o que são as estruturas.
[Imagem: Ray P. Norris et al. (2021)]

Descobertas e novas perguntas

E, como sempre acontece, novas descobertas sempre trazem junto novas questões.

"Ainda não sabemos de onde o vento está vindo. Por que ele está tão emaranhado? E o que está causando os fluxos de emissão de rádio? Provavelmente, serão necessárias muitas outras observações e modelagens antes de entendermos qualquer uma dessas coisas," ressaltou o professor Norris.

Bibliografia:

Artigo: The Evolutionary Map of the Universe Pilot Survey
Autores: Ray P. Norris, Joshua Marvil, J. D. Collier, Anna D. Kapinska, Andrew N. O'Brien, L. Rudnick, Heinz Andernach, Jacobo Asorey, Michael J. I. Brown, Marcus Bruggen, Evan Crawford, Jayanne English, Syed Faisal ur Rahman, Miroslav D. Filipovic, Yjan Gordon, Gulay Gurkan, Catherine Hale, Andrew M. Hopkins, Minh T. Huynh, Kim HyeongHan, M. James Jee, Baerbel S. Koribalski, Emil Lenc, Kieran Luken, David Parkinson, Isabella Prandoni, Wasim Raja, Thomas H. Reiprich, Christopher J. Riseley, Stanislav S. Shabala, Jaimie R. Sheil, Tessa Vernstrom, Matthew T. Whiting, James R. Allison, C. S. Anderson, Lewis Ball, Martin Bell, John Bunton, T. J. Galvin, Neeraj Gupta, Aidan Hotan, Colin Jacka, Peter J. Macgregor, Elizabeth K. Mahony, Umberto Maio, Vanessa Moss, M. Pandey-Pommier, Maxim A. Voronkov
Revista: arXiv
Link: https://arxiv.org/abs/2108.00569
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