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Físicos brasileiros entram para o LHC do espaço

Com informações do IFSC - 03/06/2015

Físicos brasileiros entram para o LHC do espaço
O experimento AMS-02 também é conhecido como caçador do anti-universo, devido à sua capacidade de detectar partículas de antimatéria.
[Imagem: NASA]

AMS

O Instituto de Física da USP em São Carlos (IFSC) passou a fazer parte da colaboração AMS-02 (Alpha Magnetic Spectrometer), ou Espectrômetro Magnético Alfa.

O experimento, instalado na Estação Espacial Internacional desde 2011, e também conhecido como "LHC do espaço", tem como objetivo fundamental a medição de raios cósmicos.

Os resultados do detector espacial, que envolvem a medição de partículas de antimatéria no espaço, têm alterado e permitido melhorar diversos modelos teóricos.

Por se encontrar na Estação Espacial, o AMS é capaz de detectar partículas produzidas fora do Sistema Solar, antes que elas interajam com a atmosfera terrestre, o que permite uma maior precisão nas medidas.

"Apesar de ser muito menor do que os detectores de partículas que temos na Terra, o desempenho do AMS é tão bom quanto", explica Manuela Vecchi, do IFSC, a grande fomentadora da inserção dos físicos brasileiros na colaboração internacional, que conta com mais de 300 pesquisadores dos EUA, Europa e Ásia.

Raios cósmicos

Até o momento, os principais resultados conseguidos pelo AMS foram medidas relacionadas ao fluxo de raios cósmicos, neste caso entendidos como partículas carregadas, isto é, medidas de fluxos de prótons, elétrons e pósitrons (antipartículas do elétron). Diferente das partículas neutras, as carregadas interagem de outra forma com a matéria.

"Resultados preliminares sobre Hélio [He] e antiprótons [antipartícula do próton] foram apresentados no CERN em abril deste ano. Em alguns anos, o AMS poderá também fornecer o fluxo de partículas neutras, isto é, fótons", elucida Manuela.

De fato, os dados fornecidos pelo AMS estão revolucionando a área de física, algo que um dos criadores do Modelo Padrão da Física de Partículas, John Ellis, já reconheceu.

Embora a comunidade científica já esteja bastante entusiasmada com o que foi visto, medido e analisado até o momento, muitos resultados ainda são buscados e alguns, já encontrados, ainda incompreendidos.

"Entender onde os raios cósmicos são produzidos, sua composição, quais fontes no Universo são capazes de criar raios cósmicos e quais são os mecanismos de produção desses raios são coisas que ainda não sabemos, e precisam ser esclarecidas", afirma Manuela.

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