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Robótica

Luva biônica para interfaces humano-máquina e fisioterapia

Redação do Site Inovação Tecnológica - 31/01/2022

Luva biônica para interfaces humano-máquina e fisioterapia
O material do sensor usado na luva é extraído de casulos de seda naturais. A luva em si consiste em 5 canais, cada um ligado a um dos cinco dedos da mão. Uma mudança de resistência ocorre sempre que um sensor é deformado, o que é então convertido e transmitido para um computador através de uma placa Arduino.
[Imagem: DTU]

Material multifuncional

Pesquisadores da Universidade Técnica da Dinamarca produziram um material altamente versátil, o que permite que ele cumpra uma variedade de funções.

O material tem entre suas propriedades a condutividade elétrica e térmica, adesividade, reconfigurabilidade e viscoelasticidade.

E, como é feito a partir da seda, é excelente para sensores e outros dispositivos a serem utilizados no corpo humano.

"Criamos um material condutivo e termorreversível. Quando você o aquece, ele torna-se elástico e semelhante a um xarope, e, quando está frio, torna-se sólido. Ele é biocompatível e pode ser facilmente adaptado ao corpo humano; ele é autorreparável, flexível e resistente ao desgaste. Ele pode ser costurado em tecidos e impresso em 3D. Por fim, ele também é barato de produzir," resumiu o professor Alireza Pirouz.

Aplicações biomédicas

Ser condutivo basicamente torna o material passível de transportar informações elétricas e térmicas de um lugar para outro. Ao mesmo tempo, a adesividade lhe permite aderir a uma ampla gama de polímeros, metais e tecidos. E, neste último caso, não são apenas tecidos usados em roupas, mas tampém tecido muscular, ósseo, cutâneo e cardíaco.

Como sua condutividade é baseada em íons, o material pode transmitir informações a distâncias maiores do que a eletrônica rígida, baseada no transporte de elétrons - exatamente como o corpo humano.

Com tantas propriedades interessantes, a equipe já arranjou um nome para o material, CareGum, algo como um chiclete voltado para aplicações de cuidados à saúde.

Luva biônica para interfaces humano-máquina e fisioterapia
O material multifuncional criado pela equipe deverá encontrar outros usos, devido à sua extrema versatilidade.
[Imagem: DTU]

Luva biônica para fisioterapia

A equipe aproveitou as propriedades únicas do CareGum para projetar uma luva biônica que se autoconserta rapidamente se sofrer algum dano.

Em uma das demonstrações, a luva foi usada para transmitir a linguagem de sinais, guiando os movimentos das mãos do usuário.

A equipe agora está trabalhando para usá-la como uma ferramenta de reabilitação para lesões nas mãos.

Após uma lesão na mão é essencial seguir um programa de reabilitação, com semanas de sessões com um fisioterapeuta. Entre essas visitas, os pacientes devem fazer exercícios diários em casa. No entanto, esses exercícios diários são muitas vezes negligenciados porque são chatos devido à sua natureza repetitiva.

A estratégia adotada pela equipe consiste em conectar a luva a jogos que as pessoas já jogam em seus celulares e incorporar os exercícios de reabilitação no jogo. Também está nos planos criar jogos diferentes, correlacionados a graus específicos de reabilitação e treinamento.

Bibliografia:

Artigo: The Manufacture of Unbreakable Bionics via Multifunctional and Self-Healing Silk-Graphene Hydrogels
Autores: Firoz Babu Kadumudi, Masoud Hasany, Malgorzata Karolina Pierchala, Mohammadjavad Jahanshahi, Nayere Taebnia, Mehdi Mehrali, Cristian Florian Mitu, Mohammad-Ali Shahbazi, Tiberiu-Gabriel Zsurzsan, Arnold Knott, Thomas L. Andresen, Alireza Dolatshahi-Pirouz
Revista: Advanced Materials
Vol.: 33, Issue 35
DOI: 10.1002/adma.202100047
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