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Veja a melhor foto da Lua já tirada da Terra

Redação do Site Inovação Tecnológica - 18/01/2023

Melhor foto da Lua já tirada da Terra
A imagem gerada por radar mostra detalhes de 5 metros.
[Imagem: Raytheon Technologies]

Imagens de radar da Lua

Usando menos energia do que a necessária para alimentar um forno de micro-ondas, uma equipe da Fundação Nacional de Ciências dos EUA obteve as imagens da Lua de maior resolução já capturadas da Terra.

Em vez de uma câmera, contudo, o pequeno protótipo, instalado no Telescópio Green Bank, gera imagens usando radar, sendo as ondas refletidas captadas pelo telescópio virtual VLBA, que simula um telescópio do tamanho da Terra - foi ele o responsável por fazer a primeira imagem de um buraco negro.

Essa tecnologia abre caminho para um sistema de radar de última geração para estudar não apenas os asteroides e cometas que passam nas proximidades da Terra, mas também planetas e luas no Sistema Solar.

O transmissor, que pode operar com até 700 watts de potência de saída na frequência de 13,9 GHz, capturou imagens da cratera Tycho com uma resolução de 5 metros.

Um sistema como esse servirá na linha de frente da defesa planetária, capaz de detectar, rastrear e caracterizar objetos potencialmente perigosos que possam estar em rota de colisão com a Terra.

"Em nossos testes, fomos capazes de localizar um asteroide a 2,1 milhões de quilômetros de nós - mais de 5 vezes a distância da Terra à Lua. O asteroide tem cerca de um quilômetro de tamanho, o que é grande o suficiente para causar devastação caso haja algum impacto," ilustrou Patrick Taylor, um dos coordenadores do projeto.

Melhor foto da Lua já tirada da Terra
O radar (no detalhe) está montado no telescópio Green Bank.
[Imagem: Jay Young]

Radar de defesa planetária

Os testes estão sendo feitos com um protótipo de pequena escala, apenas para demonstração de que a tecnologia funciona.

O sistema principal deverá ser um radar planetário de banda Ku de 500 quilowatts (13,7 GHz), que também será instalado no Telescópio Green Bank e usará o VLBA e o futuro ngVLA (Next Generation Very Large Array) como receptores.

Esse sistema definitivo está sendo projetado para ter quase 1.000 vezes a potência de saída e várias vezes a largura de banda da forma de onda (até 600 MHz), permitindo imagens de resolução ainda maior.

"Com o sistema de alta potência, poderemos estudar mais objetos muito mais longe. Quando se trata de desenvolver estratégias para possíveis impactos, ter mais tempo de alerta é tudo," disse Taylor.

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